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domingo, 15 de dezembro de 2013

Os dois cavaleiros do tempo que passa!



in, Revista Municipal (C.M.L.) nº 32 - ano 1947


Os dois cavaleiros têm nomes: chamam-se Pedro Passos Coelho e António José Seguro.

Pelas coisas que acontecem - a fazer fé na gravura - o cavaleiro negro, incluindo a montada é o líder do PS, pelo facto de ver tudo negro à sua volta, mas sem nos ter dito até agora como vai ser possível, um dia destes, Portugal acordar com os alvores de uma madrugada de céu azul...
Ao invés, o cavaleiro branco é o chefe do actual Governo, que também - sem o dizer - vê tudo negro... mas, como aconteceu, no último debate na AR, dia 12 de Dezembro de 2013, já consegue ver as claridades duma alvorada ainda longe.

Estão os dois errados, julgo eu.

O tempo é - e vai continuar a ser - cinzento, ou seja, não é tão carregado como o vê o cavaleiro negro, nem como o vê o adversário que, se levarmos em conta a gravura, deixou cair a espada, não se sabendo, se desmotivado para a luta pelo facto das tais claridades que vê no horizonte económico, se por causa das investidas do cavaleiro negro, que continua, verrinoso, com a espada ao alto, por não acreditar na bonança anunciada.

Qual dos dois é o melhor cavaleiro?

Penso que a um e outro lhes falta traquejo político, muito embora o cavaleiro negro com uma rectaguarda mais aguerrida e cínica - de pouco lhe importando as culpas que lhe cabem - pareça ser melhor que o cavaleiro branco, a quem se pede mais luta, sobretudo, aos que, atrás dele, parecem uns anjinhos... sem asas, ao pé dos outros!
Há quem prefira - com todos os seus defeitos - o cavaleiro branco, pedindo-lhe que empunhe de novo a espada e deixe de acreditar que há claridades reais no horizonte, porque ao fim e ao cabo, são os dois, cavaleiros de uma mesma noite - que um não cessa de a ver negra de fio a pavio - e o outro, se deve acautelar de não ver clareada.
Que os dois entendam que são "testas de ponte" de culpas repartidas para os dois campos de onde provêm e, que para o povo existe a noite - mais ou menos negra - logo para ele que é bom e acreditou numa nova madrugada.

Estes são os dois cavaleiros do tempo que passa!

- E os outros? 
- Onde estão?
- Sim. Onde estão os que causaram esta guerra?

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