Pesquisar neste blogue

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Profecias sobre Jesus (20) Calou-se no Pretório. Não acusou nunguém


Profecia 20

Tempo Profético: Is. 53, 6-7 - Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós. Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a boca; como um cordeiro que é levado ao matadouro, e como a ovelha que é muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a boca.

Intenção profética: Jesus, no Pretório, calou-se. Não teve uma palavra de acusação para os seus inimigos.

Isaías retoma, mais uma vez, o fio condutor que nos dirige para os tempos messiânicos.
Dá-nos a imagem de um povo dividido, como se fosse um rebanho que o pastor levasse para o monte e ali se houvesse transviado e fugindo do riacho que matava a sede e do prado verde que o alimentava, deu em seguir caminhos secos, levados pela mão de um outro pastor, bem longe de ser aquele que lhe acenava com caminhos de salvação.
Vendo-o tão carregado, o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós, a imagem que salta ao nosso entendimento é a de que – por culpas que eram só nossas – Deus lhe daria um jugo severo, precisamente a Ele que não tinha culpas dos homens se haverem desgarrado.
Mas não foi assim.
Os homens - esses, sim – é que haveriam de impor a Jesus uma carga bem pesada e imerecida, que Ele aceitaria de bom grado e Deus, Pai Santo, vendo o gesto nobre d’Aquele Filho, aceitou-o, como um sacrifício posto sobre os ombros do Servo, que daquele modo e de vontade própria aceitou levar com Ele as culpas de todos os homens.
Como um cordeiro que é levado ao matadouro assim procederia Jesus, bem ao contrário do profeta Jeremias, que tendo sido instruído por Deus sobre as conjurações que contra ele tramaram os seus inimigos, seus próprios conterrâneos, situação que o levou a dizer: Mas eu era como um manso cordeiro, que se leva à matança; não sabia que era contra mim que maquinavam, dizendo: Destruamos a árvore com o seu fruto, e cortemo-lo da terra dos viventes, para que não haja mais memória do seu nome, assemelhando-se neste passo ao futuro Messias: eu era como um manso cordeiro, acabou, por abrir a boca e pedir a Deus a destruição dos seus inimigos:  Mas, ó Senhor dos exércitos, justo Juiz, que provas o coração e a mente, permite que eu veja a tua vingança sobre eles; pois a ti descobri a minha causa. [i]
Isto prova que Jesus estaria acima de todos os profetas.
Cabe a Isaías ter profetizado a palavra certa: como a ovelha que é muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a boca, mas haveria de caber a Jesus a Palavra final e definitiva sobre o Amor do Perdão, pois na hora suprema, já longe dos seus inquiridores – mas muito perto do Pai -  haveria de abrir a boca para pedir o perdão de Deus sobre aqueles homens que o condenariam à morte.




Ressonância no Novo Testamento:


Mt 26, 62-63 - Levantou-se então o sumo sacerdote e perguntou-lhe: Nada respondes? Que é que estes depõem contra ti? Jesus, porém, guardava silêncio. E o sumo sacerdote disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho do Deus.





[i]  - cf Jer 11, 18-19

Sem comentários:

Enviar um comentário