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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Profecias sobre Jesus (24) Seria crucificado no meio de pecadores


Profecia 24

Tempo Profético: Is 53, 12: Por isso dar-lhe-ei em prémio as multidões e fará dos poderosos os seus despojos. Em recompensa de se ter prodigalizado a si mesmo até à morte e de se ter deixado contar entre os malfeitores, quando ao invés, ele tomou sobre si a culpa de muitos e intercede pelos malfeitores.


Intenção profética: Jesus seria crucificado no meio de pecadores.


Sendo a oferenda mais valiosa que podia dar ao Pai que O enviara, Jesus, pelo seu sacrifício dar-lhe –ia – como prémio – as multidões que se haveriam de converter pelo precioso sangue derramado.
Nestas multidões contavam-se os poderosos, onde se contavam aqueles que pela sua posição social tinham poder para dirigir as sociedades, chamando-as a uma vida nova de redenção e encontro com os ditames de Deus.
A crucifixão no meio de dois pecadores é o último sinal que Jesus deixou aos homens de como a vida também se ergue  e dignifica até ao último suspiro, como aconteceu com Dimas que Ele levou para casa do Pai, tendo-lhe feito companhia, conjuntamente com Gestas através do caminho que ia do Pretório até ao monte do Gólgota.
Tem um significado salvífico a derradeira caminhada dos três condenados se atentarmos que cada um deles transportava uma cruz diferente e dando com o seu exemplo aos homens de todos os tempos a escolha que deve fazer da sua própria cruz, ou seja, da sua caminhada.
Ao deixar-Se contar entre aqueles dois salteadores e tendo caído três vezes, Jesus dá a medida exacta dos pecados que não lhe pertenciam e Ele carregava, onde avultavam os impropérios da populaça, descuidada quanto ao sofrimento que lhe era infligido.
Não há registo das vicissitudes sofredoras da caminhada dos outros dois companheiros.
Mas o que é de registar é que erguidos os três, morre o Obstinado que não conseguiu até ao fim aliviar o peso da cruz que carregara durante a vida e morre o Contrito, aliviado, após um acto de contrição por toda a sua vida cheia de erros e morre o Justo  - o Grande Inocente – na Cruz do Amor onde couberam todos os pecados do mundo.
Porque foi assim?
Porque havia Jesus, de morrer entre aqueles dois homens pecadores?
A resposta está dada.
Salvou Dimas, porque se arrependeu e só não pode salvar Gestas, porque este, naquele momento dramático ao ser repreendido pelo companheiro de ofício, ainda encontrou no mais fundo de si mesmo, palavras de ódio:

Ser és Filho de Deus, livra-Te a Ti e a nós. [i]

Jesus, é, com efeito, o Grande Inocente, mas deixando em todas as derradeiras Palavras lições profundas sobre o Mistério do Reino de Deus expresso no sacrifício supremo da Cruz onde ficaram caldeados para sempre os entendimentos que é preciso fazer da cruz que cabe a cada homem, ali fixados,. na Cruz de Cristo erguida em Sacrário e Juízo.
Dos dois salteadores Jesus recebeu todos os pecados do mundo, até hoje.
Ao absolver uns – os de Dimas – deixou, pela lição que foi dada, a porta aberta aos Gestas de todos os tempos para se arrependerem e alcançarem o Reino ou continuarem na perdição, deixando bem claro que todo o desespero pode ser um motivo de esperança.
O Amor triunfara, onde ninguém supunha que isso viesse a acontecer, precisamente, entre aqueles dois marginais e por cima de todos os ódios.
Foi no momento sublime em que Jesus, no cumprimento da Missão tomou sobre si a culpa de muitos e, num gesto de transcendente significado intercede pelos malfeitore:

Pai, perdoai-lhes, que eles não sabem o que fazem! [ii]

Ressonância no Novo Testamento

Lc 22,37: Porquanto vos digo que importa que se cumpra em mim isto que está escrito: E com os malfeitores foi contado. Pois o que me diz respeito tem seu cumprimento.






[i]  - Mt 27, 39; Mc 15, 29; Lc 23, 13
[ii]  - Lc 23, 34

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