Profecia 3
O Filho de Deus descendente de Isaac.
Tempo Profético: Gn 17, 19 - E Deus lhe respondeu: Na verdade, Sara, tua mulher,
te dará à luz um filho, e lhe chamarás Isaac; com ele estabelecerei o meu pacto
como pacto perpétuo para a sua descendência depois dele.
Isaac é o filho da
promessa.
Quando já tudo fazia
prever que Abraão, pela sua idade avançada não tivesse descendência dentro do
seu casamento – havia sido pai de Ismael, filho de Agar, escrava de sua mulher
Sara, que então rondava os noventa anos - quis Deus que nascesse Isaac, com o
qual seria estabelecida uma aliança perpétua e com os seus descendentes
depois dele. [i]
É com este filho que é
posta à prova a fé de Abraão, a quem Deus pediu o seu sacrifício e que prestes
a concluir-se, mereceu a mercê de Deus, pela acção do anjo no momento exacto.
Aos trinta e seis anos,
Isaac casou com Rebeca.
Do casamento nasceram
dois filhos: Esaú e Jacó, com este último a merecer um cuidado extremo da mãe e
merecedor das bençãos do pai.
Isaac viveu no Sul da
Palestina, tendo-se mudado para Guerar, donde por ordem de Deus demandou o
Egipto, para a região de Bar-Sheba. Hostilizado pelos filisteus, retomou à
Palestina, estabelecendo-se em Hebron.
Os descendentes de Esaú
(Edom) foram os Edomitas ou Idumeus, que pela sua acção sempre se mostraram
hostis aos israelitas, descendentes de Jacó (Israel).
Ressonância no Novo Testamento:
Mt 1, 2 - A Abraão
nasceu Isaac (...)
Isaac é o filho da
promessa.
S. Paulo no versículo
seis do Cap. nove da Carta aos Romanos coloca o problema: Não que a palavra de Deus haja falhado. Porque nem todos os que são de
Israel são israelitas; nem por serem descendência de Abraão são todos filhos;
mas: Em Isaac será chamada a tua descendência. Isto é, não são os filhos da
carne que são filhos de Deus; mas os filhos da promessa são contados como
descendência. [ii]
Abraão obteve de Sara o
filho da promessa, Isaac, muito tardiamente, mas recaindo nele a qualidade de
ser o legítimo herdeiro dos vínculos sagrados existentes entre Deus e o seu
povo Israel, sendo, no entanto, o seu primeiro filho Ismael, nascido da
concubinagem com a escrava Agar, com o acordo de Sara, julgando-se estéril.
S. Paulo declara
solenemente que só os filhos da promessa
são contados como descendência, por força da promessa feita por Deus a
Abraão, tendo em mente o futuro e supondo já, embora estando ainda oculto, um
plano de salvação destinada a todos os povos, pois disse a Abraão: (...) farei de ti um grande povo, e te abençoarei,
e engrandecerei o teu nome, e serás bendito. Abençoarei os que te abençoarem, e
amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as nações da
Terra. [iii]
Jesus, é, pois, um
descendente directo de Isaac.
Um e outro são filhos de
uma promessa de Deus e existe, entre ambos, uma tal similitude na reacção de
Sara e de Maria, que para uma e outra ter um filho era uma impossibilidade.
Sara por ser de avançada
idade.
Como pode acontecer, isso – questionou.
Maria, de igual modo: Como é que isso pode ser se eu não conheço
homem?
Deus é o agente
fundamental.
Pois só Ele, sabia como
dispor as coisas, que se iriam, séculos depois enraizar no nascimento de Jesus
Cristo, fazendo da impossibilidade apontada por Maria, o Grande Milagre.
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