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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Profecias sobre Jesus (14) Desprezado pelos judeus


Profecia 14

Tempo Profético: Is 53, 3 Era desprezado, e rejeitado pelos homens; homem de dores e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.


Intenção profética: O desprezo por parte dos judeus.


É tão real esta profecia que até parece que Isaías não viveu sete séculos antes de Jesus, mas foi um seu contemporâneo que tendo sido testemunha do desprezo a que Ele fora condenado, como um repórter espantoso nos dá conta duma atitude que viria a realizar-se numa escala e numa amplitude como nunca tinha sido visto: Era desprezado, e rejeitado pelos homens.
No versículo anterior, o profeta Isaias chama a nossa atenção para a tenra vergôntea, uma metáfora que muitas vezes é empregue para designar o Messias, oriundo da casa de David, como ele diz ao falar do rebento que  dali apareceria: Despontará um rebento do tronco de Jessé, e um renovo brotará da sua raíz. [i]
Jesus é comparado a uma vergôntea.
É como um rebento que se fez tenro e humilde perante os homens, embora forte e poderoso pela sua condição divina.
Jesus é isso.
Nunca se assumiu como um rei terreno como muitos O julgavam, vendo n’Ele a libertação de Israel do jugo romano, incluindo alguns dos que o acompanharam.
Bem pelo contrário.
Rei, sim, mas espiritual.
Jesus assumiu-se como uma vergôntea humilde aos olhos do mundo, é verdade, mas fortalecido por Deus que O enviara numa missão que não podia agradar aos homens poderosos do seu tempo e dos quais viria a  sofrer uma afronta total.
Era como a raiz que sai duma terra seca, amado por Deus e enjeitado pelo mundo, tendo começado o desprezo dos homens, precisamente em Nazaré, a terra que O viu crescer. Foi  aqui os seus concidadãos se revoltaram no momento em que Ele leu na sinagoga aquela passagem de Isaías: O Espírito do Senhor Deus está sobre mim; porque o Senhor me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos [ii] afirmando, com toda a segurança que naquele dia se cumpria n’Ele mesmo a Escritura, uma asserção que lhe valeu ter sido expulso da cidade, indo para a cidade marítima de Cafarnaum, lá para os confins de Zabulom e Naftali, onde se fixou, passando esta a ser a sua cidade [iii] e da qual partia de terra em terra anunciando a Boa Nova, fazendo o bem e curando os enfermos, acções que não bastaram para ser acreditado por muitos daqueles que O chamavam  o violador do sábado e blasfemo por chamar Pai a Deus e se dizia igual a Ele, quando, de facto, assim era não por presunção mas por natureza por ser O Filho Unigénito, muito embora se apresentasse tomando a forma de servo e igual aos filhos dos homens.
Estas calúnias fizeram sofrer Jesus porque ele se viu rejeitado precisamente por aqueles que eram da sua própria casa. Sofreu as afrontas como os profetas antigos que tinham pregado antes d’Ele e haviam sido rejeitados e caluniados, como se procurassem o mal do povo.
Em Jesus, efectivamente, cumpriram-se as palavras do profeta Isaías com que ele tinha definido o Cristo: Homem de dores e experimentado nos sofrimentos.



Ressonância no Novo Testamento:

Jo 1, 11 - Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.







[i]  - Is 11, 1
[ii]  - Is 61, 1
[iii] - Cf Mt 9, 1

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