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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Os novos fariseus



Os totalitários disfarçados de democratas, são, como sempre foram os livre-pensadores, comportando-se no nosso tempo como órfãos de Marx ou de Lenine de quem beberam a pretensa filosofia das ideias mas sem terem a coerência deles, porque adoram a conta choruda no Banco e todas as mordomias burguesas.
Combatem a Igreja cristã e os seus erros, mas sem uma só vez se debruçam sobre os erros laicos dos seus paganismos acirrados, movidos pelo desejo de a qualquer preço se erradicar dos povos ocidentais a tradição judaico-cristã fundada sobre o valor do monoteísmo.
A todo o custo querem implantar a adoração de novos “bezerros de ouro”, apregoando a fé em Deus como um absurdo intelectual, pois para eles o intelecto do homem só vale quando o outro se alinha pelo deles, onde o paganismo adora o Partido – e muito mais quando ele conquista a maioria pelo voto democrático de que se servem para se guindarem ao poder – ou, em alternativa, elegem como fé, o neo-Liberalismo ou fazem renascer um Romantismo qualquer, que colocam no pedestal mais alto do Modernismo das leis vazias de humanidade plena, pois esta – a existir - nunca esquece o homem como um conjunto harmónico de corpo e alma.
Os totalitários disfarçados de democratas são os fariseus dos tempos modernos que vertem lágrimas fingidas sobre os mártires dos ditadores da direita e se esquecem de as chorar sobre os que tombaram aos fuzilamentos dos ditadores da esquerda, como se estes mártires não tivessem o mesmo valor humano dos que têm morrido nas prisões dos outros regimes.
Queira-se ou não, a actual Igreja cristã reprova todos os totalitarismos políticos. Defende a vida.
Impressiona, por isso, a desfaçatez com que alguns espíritos não admitem que a Igreja aponte o que é Bem para todos os homens e tenha um dedo apontado para o Mal, não lhe admitindo o facto dela ser  a fiel depositária de milénios de uma crença que dá os rumos do Bem à vida do homem, desejando, os novos totalitários chamar para si mesmos a virtude de nos dizer onde está o Bem e o Mal, como se fossem donos de uma igreja laica, desmiolada e longe dos propósitos que animam a verdadeira Igreja cristã fundada sobre a fé de uma dúzia de homens valentes.
Paulatinamente o Ocidente está a adormecer ao som dos cantos de sereia dos novos totalitários arregimentados em partidos, ditos democráticos, na esperança de alcançarem o poder, e, se possível, maioritariamente.
Desse modo, usando o disfarce de poder fazer valer os seus projectos, tendem a dominar os Parlamentos nacionais onde a facção unida ao partido que governa deixa de cumprir a acção fiscalizadora dos actos do Governo temendo afrontar os detentores do poder, pelo que as maiorias democráticas em países – sem essa tradição – mais não são que ditaduras disfarçadas, onde se fundam as “igrejas” laicas, cujas ideias são largamente apregoadas contra as ideias da Igreja cristã, que apenas é tolerada e falsamente respeitada.
Não é preciso ir longe para darmos conta disto. Basta olhar o nosso País, alinhado com uma Europa romba, onde a Economia de mercado tem vindo a matar todos os velhos valores.
Duma Europa que enche a boca de fraternidade, mas da linha fraterna o que salta aos olhos é uma imensidão de desempregados e, até, o facto do Estado Social estar a deixar cair o seu papel protector em cada dia que passa, como se os necessitados da má sorte ou da fortuna, não fossem, em parte, causa das corrupções dos homens poderosos.


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