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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Profecias sobre Jesus (4) Descenderia de Jacob




Profecia 4

O Filho de Deus descendente de Jacó.

Tempo Profético: Nm 24, 17 - Eu o vejo, mas não no presente; eu o contemplo, mas não de perto; de Jacó procederá uma estrela, de Israel se levantará um ceptro que ferirá os flancos de Moab, e abaterá todos os filhos de Set.

O quarto livro do Pentateuco ao referir a afirmação concludente: Eu o vejo, alude ao futuro de Israel e à acção da estrela da procedência de Jacó, o Messias.
Em Moab, no Sudoeste da Palestina, vivia um povo árabe: os moabitas que pelas suas práticas pagãs a Baal estavam excluídos da comunidade religiosa judaica. Aconteceu isto sob o domínio do rei Acab (874-853) num tempo em que o paganismo e a miséria social tornou insustentável a situação do povo e de que o episódio da vinha de Nabot é um exemplo:  Sucedeu depois destas coisas que, tendo Nabot, o jezraelita, uma vinha em Jezrael, junto ao palácio de Acab, rei de Samaria, falou este a Nabot, dizendo: Dá-me a tua vinha, para que me sirva de horta, porque está vizinha, ao pé da minha casa; e te darei por ela outra vinha melhor; ou, se desejares, dar-te-ei o seu valor em dinheiro. Respondeu, porém, Nabot a Acab: Guarde-me o Senhor de que eu te dê a herança de meus pais. Então Acab veio para sua casa, desgostoso e indignado, por causa da palavra que Nabot, o jezaelita, lhe falara; pois este lhe dissera: Não te darei a herança de meus pais.
Tendo-se deitado na sua cama, virou a rosto, e não quis comer. Mas, vindo a ele Jezabel, sua mulher, lhe disse: Por que está o teu espírito tão desgostoso que não queres comer? Ele lhe respondeu: Porque falei a Nabot, o jezaelita, e lhe disse:
Dá-me a tua vinha por dinheiro; ou, se te apraz, te darei outra vinha em seu lugar. Ele, porém, disse: Não te darei a minha vinha. Ao que Jezabel, sua mulher, lhe disse: Governas tu agora no reino de Israel? Levanta-te, come, e alegre-se o teu coração; eu te darei a vinha de Nabot, o jezaelita. Então escreveu cartas em nome de Acab e, selando-as com o sinete dele, mandou-as aos anciãos e aos nobres que habitavam com Nabot na sua cidade.
Assim escreveu nas cartas: Apregoai um jejum, e ponde Nabot diante do povo. E ponde defronte dele dois homens, filhos de Belial, que testemunhem contra ele, dizendo: Blasfemaste contra Deus e contra o rei. Depois conduzi-o para fora, e apedrejai-o até que morra. Pelo que os homens da cidade dele, isto é, os anciãos e os nobres que habitavam na sua cidade, fizeram como Jezabel lhes ordenara, conforme estava escrito nas cartas que ela lhes mandara. Apregoaram um jejum, e puseram Nabot diante do povo.
Também vieram dois homens, filhos de Belial, e sentaram-se defronte dele; e estes filhos de Belial testemunharam contra Nabot perante o povo, dizendo: Nabot blasfemou contra Deus e contra o rei. Então o conduziram para fora da cidade e o apedrejaram, de sorte que morreu. Depois mandaram dizer a Jezabel : Nabot foi apedrejado e morreu.
Ora, ouvindo Jezabel que Nabot fora apedrejado e morrera, disse a Acab: Levanta-te e toma posse da vinha de Nabot, e jezaelita, a qual ele recusou dar-te por dinheiro; porque Nabot já não vive, mas é morto. [i]
O profeta Elias, contemporâneo destes acontecimentos foi perseguido por Jezabel que via nele e nas suas invectivas contra o abandono da prática javista, um perigo para os privilégios da classe dominante, pelo que a  alusão de ser em Israel que se levantaria um ceptro que haveria de ferir os flancos de Moab é mais um sinal que nos é dado da importância espiritual que era depositada naquele que se contemplava mas não de perto, na esperança de abater, ou seja, reintegrar na comunidade todos os filhos de Set, nome simbólico com que eram designados os moabitas e transformasse o povo escravizado, dando-lhe a dignidade de filhos de Deus.
Jesus, era a esperança do profeta e do povo sem voz e sem direitos, como aconteceu com Nabot que pagou bem caro o facto de ter enfrentado Acab, não lhe cedendo a vinha que herdara de seus pais.

Ressonância no Novo Testamento:

Lc 3,34 - Judá de Jacó, Jacó de Isaac, Isaac de Abraão, Abraão de Tará, Tará de Naor,





[i]  - 1 Rs 21, 1-15

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