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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Profecias sobre Jesus (23) Jesus substitui-se aos pecadores


Profecia 23

Tempo Profético: Is 53, 4-5: Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e carregou com as nossas dores; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.

Intenção profética: Jesus sofreria, substituindo-Se aos pecadores.


Atentemos nas Palavras de S. Marcos: Ora, depois que João foi entregue, veio Jesus para a Galiléia pregando o evangelho de Deus e dizendo: O tempo está cumprido, e é chegado o reino de Deus. Arrependei-vos, e crede no evangelho [i].
Jesus acabara de ser baptizado por S. João e, logo, procura a consciências dos homens, chamando-os ao arrependimento a que se seguiu uma prece preocupada para que estes, arrependidos dos seus pecados, acreditassem na Palavra que Ele trazia.
O profeta Isaías tinha dito que Cristo era portador de uma boa nova.
Mas em que se fundava a boa notícia na qual Jesus ordenava aos homens crer?
Neste facto extraordinário: Deus na plenitude dos tempos tinha enviado ao mundo o seu Filho para que todo aquele que acreditasse n’Ele não perecesse mas tivesse a vida eterna. Dito doutra maneira, Deus no grande amor que tinha pelos homens enviara ao mundo o seu Filho para que por meio d’Ele todos fossem salvos.
Apesar de Jesus ter semeado o bem, muitos não crema n’Ele, tendo, até, dito que Ele era alguém que comia à mesa com os pecadores, invectivando-O por não guardar o sábado e um blasfemo por chamar Pai a Deus, dizendo-se igual e Ele.
Calúnias torpes contra O homem cheio de sabedoria, de um saber que não era deste mundo, mas da sabedoria de Deus que lhe vinha do Espírito Santo e que, ao contrário nunca violou o sábado, porque naquele dia era lícito fazer o bem, apresentado-se como igual a Deus não por presunção, mas porque vinha d’Ele, sem no entanto se ter aferrado a esta igualdade, pois se humilhou tomando o lugar de servo e se mostrou semelhante aos filhos dos homens, razão porque muitos não O tomaram a sério, por se dizer Deus e comportar-se como um no meio dos outros homens, sem no entanto deixar de chamara a atenção para a missão de que estava incumbido.
Humanamente falando, as calúnias devem ter feito sofrer Jesus ao ver-se rejeitado pelos homens das sua casa. Nele, cumpriu-se, mais uma vez o sofrimento de que haviam padecido todos os profetas que O anunciaram.
Nele se cumpriram as dolorosas palavras de Isaías: Era desprezado, e rejeitado dos homens; homem de dores, e experimentado nos sofrimentos (...) [ii] 
Talvez, por isto, por ter sido perseguido e posto sob o jugo pesado dos sofrimentos inumanos que suportou, muitos terão pensado que afinal Ele não era Filho de Deus, quando, afinal, Ele era o grande inocente que se deixava açoitar para carregar as culpas de todos os homens do seu povo, que cobardemente O entregou à sorte dos verdugos.
Como servo, aceitou resignadamente e com paciência todas as culpas que lhe eram imputadas, levando o Pai que O enviara a perdoar a todos aqueles que O escarneceram e não acreditaram n’Ele, etregando-O a uma morte afrontosa e sobre a qual S. Paulo, que fora um dos que O perseguira, diria depois, que Ele fora rejeitado e morto por causa dos nossos pecados e ressuscitado para a nossa justificação [iii] retomando sempre esta tese, porque depois de convertido pelo próprio Jesus na estrada de Damasco, ele sentiu necessidade de dizer bem alto para que todos ouvissem a acreditassem no que Jesus tinha feito e como apregoara o bem.
É por este motivo que na primeira vez que se dirigiu ao povo de Corinto na sua segunda viagem missionária, retoma a defesa de Jesus, fazendo valer a sua própria experiência pessoal: Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras (...) [iv]


Ressonância no Novo Testamento:

Mt 8, 16-17: Caída a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele com a sua palavra expulsou os espíritos, e curou todos os enfermos; para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças.
 




[i] - Mc 1, 14-15
[ii]  - Is 53, 3
[iii]  - Rom 4, 25
[iv]  - 1ª Cor 15, 3

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