Um Cântico de Natal pelo Coro da Catedral de Coimbra

A VIDA QUE ESTAVA JUNTO DO PAI

Composição de A. Cartageno - Coro da Catedral de Coimbra

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Com a devida vénia reproduzo este cântico de Natal de A. Cartageno interpretado pelo Coro da Catedral de Coimbra, que tem como título "A Vida que estava junto do Pai", indo através do verso e da música coral escavar no mais fundo do Antigo Testamento, onde o Menino Jesus de que vamos festejar o seu nascimento, estava desde o Princípio do Tempo nos planos de Deus, bem junto d'Ele à espera do tempo em que se haveria de revelar aos homens como Jesus Cristo.

Vê-mo-lo em primeiro lugar em Adão - representante da raça humana e primeiro homem - como "figura d'Aquele que havia de vir" como refere S. Paulo na Carta aos Romanos 5, 14.

Surge, depois, em Abel, morto por Caím por não poder suportar o agrado que Deus manifestava por ele, sendo por isso considerado como Jesus Cristo, pelo sangue inocente que Ele verteu na Cruz.

Aparece, depois, em Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote, pai da fé que bendisse Abraão, tornando-se Cristo em seu sacerdócio o seu antítipo.

Em José do Egipto é a figura de Jesus Cristo que podemos prefigurar por ser o filho amado de seu pai que tendo sido vendido pelos irmãos como escravo, nos seus sonhos deu ao faraó a revelação futura da glória de Deus e assim como José foi o salvado do povo egípcio, Jesus - o Menino que vamos lembrar . veio a ser o salvador de todos os eleitos do Pai.

Na figura de Moisés, se foi a ele que coube trazer do Sinai as Tábuas da Lei, estas são, na sua simbologia, Jesus Cristo, que por fim, chagada a plenitude dos Tempos haveria de estabelecer a Lei do Pai Eterno.

Vê-mo-lo, ainda, prefigurado no "Cordeiro Pascal" -Ex 12. 12-13, no "Véu do Templo" (Mc 15, 37-38) em que a relação do véu rasgado tem a simbologia dos homens passarem a ter acesso a Deus através do medianeiro Jesus Cristo.

E é nas Profecias que a figura do Menino - que veio  ser Deus connosco - que mais se salienta a "Vida que estava junto do Pai" desde toda a Eternidade, como se pode aquilatar:

• Nasceria da Semente de Mulher – Gênesis 3.15; Mateus 1.20
• Nasceria de uma Virgem – Isaías 7.14; Mateus 1.18, 25
• Filho de Deus – Salmo 2.7; Mateus 3.17
• Semente de Abraão – Gênesis 22.18; Mateus 1.1
• Filho de Isaque – Gênesis 21.12; Lucas 3.23-34
• Casa de Davi – Jeremias 23.5; Lucas 3.23-31
• Nasceria em Belém – Miquéias 5.2; Mateus 2.1
• Ele seria um Profeta – Deuteronômio 18.18; Mateus 21.11
• Ele seria um Sacerdote – Salmo 110.4; Hebreus 3.1; Hebreus 5.5-6
• Ele seria o Rei de todo Israel – Salmo 2.6; Mateus 27.37
• Ele seria Juiz – Isaías 33.22; João 5.30
• Ele deveria ser precedido por um Mensageiro – Isaías 40.3; Mateus 3.1-2
• Seria rejeitado pelo Seu próprio povo – Isaías 53.3; João 7.5; João 7.48
• Seu lado seria perfurado – Zacarias 12.10; João 19.34
• Crucificação – Salmo 22.1, 11-18; Lucas 23.33; João 19:33; João 19.23-2

E tudo o que fica dito - e maravilhados ouvimos nos versos cantados pelo Coro da Catedral de Coimbra - concluindo, dir-se-á, que a Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus, que ela constitui um todo sobrenatural, e que é foi o Antigo Testamento que preparou o Novo Tempo que estava para vir, onde o Menino-Deus que vamos lembrar é o Jesus Cristo como tema centra da Palavra de Deus e que sem Ele na História da Humanidade, o que restaria aos homens era a falta de princípios básicos de convivência social fundada no divino que Ele representa, deixando à solta todas as heresias destruidoras anti-naturais e demoníacas.