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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Natal - Uma mensagem minha e um soneto de Marta Mesquita da Câmara




É o desejo fraterno - é a última frase da pagela que escrevi para este Natal - mas de propósito não tem um destinatário identificado, porque foi minha intenção que o não tivesse, desejando antes, que os destinatários fossem todos os leitores e leitoras que fazem o favor de ler aquilo que vou escrevendo.

A quem tem a paciência de me ler em qualquer canto Mundo, desejo um SANTO NATAL e que JESUS que nasceu passa já de dois mil anos, seja nesta quadra natalícia lembrado mais uma vez, e que o SEU NASCIMENTO que vai ser eterno enquanto houver a espiritualidade que nos prende ao GRANDE MISTÉRIO, continue a ser um motivo de concórdia e de paz entre os homens, pese embora, a hora menos boa que paira suspensa sobre uma Humanidade desavinda em tantos lados.

Tenho a honra de juntar a esta prosa um soneto de Natal em que a autora começa por dizer, logo no primeiro verso que - "Todos fomos crianças algum dia" - e é com esta lembrança nas crianças que todos fomos - algum dia - e trazemos esquecidas dentro de nós, que é preciso reaviventar o Mundo em que vivemos.

É uma tarefa que cabe a todos nós!
Que a lembrança de JESUS que foi MENINO e se fez HOMEM para nos ajudar a todos a fazer a parte que nos cabe, nos ajude neste NATAL de 2016.


NATAL

Todos fomos crianças algum dia,
e todos nós tivémos, afinal,
a parcela de graça e de alegria
que foi o doce encanto dum Natal.

Recordemos em paz, com toda a calma,
se cabe recordar… sem amargor!
O tronco mais antigo tem na alma
a lembrança do dia em que deu flor!

Nesta quadra de sombras e alegrias
ninguém se quedará de mãos vazias…
A partilha nem sempre é de igualdade,

mas, enfim, eu não sei por que segredos,
a infância de tudo faz brinquedos,
a velhice de tudo faz saudades!

Marta de Mesquita da Câmara
in, “Poesias Completas”
citada no Livro " Anunciação e Natal na Poesia Portuguesa
de António Salvado

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