in, Revista "Branco e Negro" de 13 de Fevereiro e 1898
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Lê-se este velha alegoria de António Xavier de Sousa Cordeiro - que foi com António Sardinha, Alberto de Monsaraz e outros distintos intelectuais, um dos fundadores do "Integralismo Lusitano" - e o que nela transparece é o estro poético do aluno da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra onde se formou em 1903 e esta sua composição, um retrato dos seus 18 anos, quando a escreveu.
"O Amor e o Tempo" retratam as donzelas que não quiseram passar o tempo - como o Amor frívolo, dizendo terem medo de se perderem, por quererem passar o Tempo como vós - ou seja, como a donzela que incarnava o Tempo - e todas tiveram medo, mas tal não aconteceu com o Amor audaz que pegou no batel, atravessou o rio e foi buscar o Tempo (símbolo do amado) sem nada temer, enquanto este dizia às donzelas tímidas que haviam ficado na margem oposta do rio a ver a cena: vê-de como o Amor faz passar o Tempo com prazer.... para este - fiosoficamente - dizer quando o batel chegou à outra margem: É o Tempo afinal que faz passar o Amor...
Eis que não devia acontecer... mas acontece.
A donzela que incarnava o Amor e decididamente foi à outra margem do rio buscar o Tempo - o amado que ela julgava ver - enganou-se, porque este, matreiramente, passado o tempo do prazer fez passar o Amor.
Eis que não devia acontecer... mas acontece.
A donzela que incarnava o Amor e decididamente foi à outra margem do rio buscar o Tempo - o amado que ela julgava ver - enganou-se, porque este, matreiramente, passado o tempo do prazer fez passar o Amor.
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