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sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

O Castelo de Santa Maria da Feira


in, Revista "O Occidente" de 11 de Janeiro de 1889
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Perdi-me, um dia - e que saudades eu tenho! - de ter andado pelas salas e corredores deste invulgar Castelo, deliciando o meu olhar pela configuração da sua linda Torre de Menagem, pela Alcáçova e pela invulgar profusão de defesas, cuja construção ao ligar-se ao início da nacionalidade, nele se sente vivo e presente o peso da História de Portugal pela força do imaginário que se sente a voar do tempo actual até ao tempo que já lá vai.

Nesta postagem, propositadamente, incluiu-se a imagem e a prosa da autoria de Manuel M. Rodrigues, um colaborador da Revista "O Occidente", natural da cidade do Porto e que teve a arte de descrever com pormenor uma notícia do célebre Castelo, ex-libris da Cidade da Feira, fazendo-se, hoje, a publicação ipsis-verbis. para não deslustrar a escrita de profunda, séria e abalizada análise histórica a que me apraz juntar o seguinte texto, como um simples e despretensioso complemento da velha notícia publicada há 127 anos.


Reza a História que no ano de 1095 o Conde D. Henrique de Borgonha, pai do nosso primeiro Rei, recebeu as terras do Condado Portucalense que incluíam, entre outras as terras do Castelo de Santa Maria que se alargavam por um extenso domínio que iam das linhas do curso do rio Douro até Ovar e Oliveira de Azeméis, tendo este formoso Castelo sido incluído no testamento do Rei D. Sancho I para um eventual refúgio da Rainha, se ficasse viúva e das infantas suas filhas.

Toda a restante informação histórica fica ao cuidado de quem tiver a dita de visitar tão digno monumento histórico, que é a todos os títulos um momento de rara beleza cultural e um modo de se conhecer a arte e o engenho dos nossos esforçados avós para manterem viva e perene a terra de Portugal.

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