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Eu bem sei - e, penso, como eu, muitos portugueses - que governar um Pais, quando ele está à beira de cair na bancarrota, como aconteceu com Passos Coelho, não é fácil, sobretudo, num Pais como o nosso onde faltam recursos naturais - salvo o Sol e o clima ameno de que desfrutamos - pelo que, a governação de Passos Coelho violentamente combatida pelo Partido Socialista que nunca o ajudou - quando foi este partido que cavou o buraco mais fundo que algum dia tivemos nas Contas Públicas depois de Abril de 1974 - foi um acto político deliberado, que só o cinismo político pode sustentar.
Passos Coelho, é verdade, reagiu mal ao "arranjinho" levado a cabo por António Costa, furando a tradição, mas este "cair de ombros" tem de ser entendido, porque ninguém é feito de barro e, por isso, veio ao de cima a mágoa de um atropelo, tendo ele - apesar das malfeitorias que lhe foram atribuídas - ganho as eleições, pelo que ao sentir-se espoliado de formar um governo de legislatura, doeu-se o que é humanamente compreensível,
Não acabou, no entanto, o seu dissabor político, porque, agora, no seu próprio partido perfilam-se já os que o desejam apear de Presidente do Partido Social Democrata (PSD) para, em seu lugar se assentarem na cadeira do poder partidário, sem respeito pelo homem que o devia merecer, a começar pelos seus, já que de adversários está ele bem guarnecido. Podem apeá-lo, mas dentro do PSD, ninguém tem como ele, a moral de ter sido o homem certo na hora incerta que se começou a viver em 2011 em Portugal, pois é a ele que se deve que Portugal não tenha caído mais fundo.
Cometeu erros?
Cometeu sim senhor, mas venha daí o que atire a primeira pedra e se gabe de nunca os ter cometido, pelo que, ou eu me engano muito, ou ainda - se Deus me der saúde - hei-de ver Passos Coelho reabilitado pela História, porque a sua carreira política - mesmo se for apeado pelos seus correligionários - não vai acabar tão cedo, porque ele é, possivelmente, um dos valores com que Portugal conta para continuarmos em comum a caminhar em defesa da velha Pátria que somos.
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