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sábado, 8 de outubro de 2016

E se houvesse mais respeito pelos portugueses?


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Penso que nada há de mais lesivo da imagem, seja de quem seja, que a dissimulação de uma falsidade encapotada querendo passá-la por uma verdade.

António Costa bem pode dizer que "não há perdão fiscal" ao Fisco e à Segurança Social, mas quando se perdoam juros - que configura um perdão total se a dívida for paga de uma só vez - e um perdão parcial se a mesma for faseada através de pagamentos a prestações, salta aos olhos do mundo que o perdão existe, porque é preciso ajudar o saldo orçamental do ano corrente que está a ameaçar não ser cumprido.

Dizer a verdade, custa, mas dizer inverdades devia custar a António Costa a desestima do povo que está a ser enganado e tomado por tolo, quando, mandaria a verdade dizer que este último recurso - quase no fim do ano - não devia merecer censura, até porque este expediente já foi usado por Passos Coelho em 2013.

Só que na altura o Partido Socialista que nunca ajudou o seu Governo - ou seja, nunca ajudou Portugal a sair de entaladela que o PS lhe causou em 2011 - achou mal e as críticas não faltaram pelos mesmos que agora hajam virtuoso o "perdão da dívida" não do capital - que este tem de ser pago - mas dos juros que podiam ser arrecadados pelas Finanças e não vão ser com o perdão anunciado.

E se houvesse mais respeito pelos portugueses?

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