http://www.sapo.pt/ de 23 de Outubro de 2016
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Em Espanha não há "geringonça"...
Em Espanha o jogo político - tendo em conta a anunciada abstenção do actual PSOE para se dar corpo ao governo do Partido Popular (PP) que ganhou as eleições - quer dizer que a política não se escondeu nas alfurjas onde militam as sombras dos "arranjinhos", como aconteceu em Portugal nas últimas eleições legislativas ocorridas no dia 4 de Outubro de 2015.
Em Espanha, depois, da obstinação de de Pedro Sánchez - que até veio a Portugal conferenciar com António Costa - após o seu falhanço rotundo, em eleições repetidas que provocou e o levaram à sua queda partidária no PSOE, finalmente, o que vai acontecer é dar o governar Mariano Ragoy que foi o vencedor da eleições, tal como aconteceu em Portugal com Passos Coelho, com a diferença de em Espanha a política ter sido mais adulta, ao contrário do que aconteceu em Portugal onde faltou a humildade de António Costa, que eu respeito enquanto homem - mas não respeito como político - porque ao não ter admitido a derrota eleitoral se conluiou com partidos que combateu na campanha eleitoral, para poder em nome do Partido Socialista (PS) cavalgar o "cavalo do poder", razão suficiente para eu o criticar nesse aspecto, porquanto, tendo pedido as eleições devia - por respeito aos eleitores - ter ajudado a construir um governo, entendendo-se com a coligação vencedora "Portugal à Frente" encabeçada por Passos Coelho e Paulo Portas.
Ou seja, enquanto em Espanha se tem jogado, desde as eleições, o jogo democrático, que por fim vai levar ao poder o Partido Popular (PP) de Mariano Ragoy, em Portugal jogou-se o jogo obtuso dos interesses partidários em vez de se pensar na necessidade de elevar o nível da Democracia em que deve prevalecer o voto do povo - tal como ele foi chamada a votar - e não, por "portas-travessas" como fizeram António Costa, Catarina Martins e Jerónimo de Sousa e outros de menor expressão - terem tomado conta dos votos como se eles tivessem sido votados para constituir um bloco político, o que não aconteceu.
E. por isso, este governo, nunca devia ter existido.
É por isso, que, se pela minha formação cristã se eu tenho de respeitar os homens na linha do que advogou Santo Agostinho - AMA O HOMEM MAS REPROVA O SEU ERRO - tenho de dizer que em Espanha prevaleceu a inteligência do homem posta em favor da Nação, enquanto em Portugal, tal não aconteceu, mercê da mediocridade política dos que, sem respeito pelo voto do povo - tal como ele foi pedido - o juntaram, sem que, previamente o tivessem proposto aos eleitores.
E assim, enquanto em Espanha não há "geringonça"... por cá ela existe com o despudor próprio da nossa pequenez política.
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