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sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Salve, Sintra!

Gravura do Castelo da Pena que abre o Cap, XIV do livro  
"A Formosa Lusitânia" de Catharina Carlota Lady Jackson
(traduzida do inglês por Camilo Castelo Branco) 1878
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Paraíso, bem perto de Lisboa - hoje, pertíssimo - Sintra é um encanto que tem maravilhado gerações, tendo no Palácio Nacional da Pena o seu ex-libris mais meritório, mercê da obra e do engenho do seu construtor, D. Fernando II, que ali no cimo do monte erigiu o edifício que veio a ser com toda a justiça o expoente mais alto do Romantismo do século XIX, em Portugal, todo ele uma amostragem lúdica da arquitectura manuelina e mourisca, sobressaindo, para ser visto de uma qualquer cota inferior do terreno em todo o seu esplendor.

Se o poeta Byron ao passar por este paraíso não ficou indiferente a ele, fazendo que a sua musa o não deixasse esquecido, o nosso bem conhecido poeta António Corrêa de Oliveira também não pode esquecer Sintra e os seus encantos, que aqui se reproduzem de acordo com o texto original:
SINTRA

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http://www.parquesdesintra.pt/
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Depois de olhar esta foto - que sendo belíssima no conjunto que cerca o notável edificado não tem o traço artístico da pena que desenhou a gravura que faz parte do livro "A Formosa Lusitânia" e que encima este apontamento, para numa análise à primeira estrofe do poema de António Corrêa de Oliveira, quando ele diz: Que estranha e longa estrada silenciosa / Neste torvo crepúsculo profundo! / Parece de tão linda e tenebrosa / Uma estrada que vai para o Outro Mundo... dizer que isto é uma verdade que enche os sentimentos.

Naquele do início do século XX a estrada que levava a Sintra, segundo António Corrêa de Oliveira era linda  e tenebrosa, pelos cambiantes do percurso, para que no fim, encantado, depois de ter visto a beleza do Palácio a erguer-se para o Céu no alto do monte, dizer que ela o teria levado para outro Mundo, uma sensação que todos temos quando a nossa vista recai naquele monte paradisíaco para ver aquela joia de fino valor.

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