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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Uma reflexão... absurda... ou talvez, não?


Se para os actos eleitorais de consulta ao povo destinada à escolha dos membros políticos que vão ter assento nos Parlamentos, quer do Continente ou Regiões Autónomas, houvesse uma disposição legal que tornasse inválida qualquer consulta popular, sempre que a percentagem da abstenção fosse superior ao Partido mais votado, acabava-se como agora aconteceu nos Açores a haver um ganhador por maioria absoluta e todos os que ganharam "embandeirar em arco", como se a vitória - embora democrática - fosse um "feito de arromba"...

Que o não é, convenhamos!

É evidente que a vitória  está correcta em relação ao número de votantes, mas não deixa de ser uma anomalia dizer que o Partido ganhador conseguiu aquela maioria, quando a maioria da população ficou em casa, pelo que algo está mal e devia dar que pensar ao legislador, porquanto, estamos a dar assento a governos que em relação ao total da população que vão governar são minoritários relativamente ao número global dos que preenchem os cadernos eleitorais.

Donde se depreende que a Democracia que gera este absurdo de uma minoria ser, legalmente, maioritária e poder aceder ao poder, está ferida do respeito que devia ter o Partido a quem incumbem tarefas legislativas e todas as demais.

Para quando o voto obrigatário?

Será que é anti-democrático obrigar as pessoas a cumprir este dever, já que depois o poder constituído as obriga a cumprir as suas deliberações?
É que, estamos a assistir a um desinteresse político das populações e este facto que em nada abona a classe política, bem merecia que esta se debruçasse sobre esta anomalia que lhe devia exigir mais responsabilidade civil e não continuar a cantar vitórias pírricas pelo modo como estão a ser conquistadas.

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