Lacrimosa
Dia de lágrimas aquele
em que ressurgirá das cinzas
um homem para ser julgado.
Tende, pois, piedade dele, ó meu
Deus!
Ó misericordioso, Senhor Jesus
concedei-lhe o repouso eterno.
Amém
in, Vagalume
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O profeta Sofonias em (1, 15-16)diz o seguinte:
Um dia de ira, aquele dia,
dia de angústia e tribulação,
dia de destruição e devastação,
dia de trevas e de escuridão,
dia de nuvens e de névoas
espessas.
Dia de trombeta e de alarme
contra as cidades fortes
e as altas torres angulares.
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É o famoso "Dies Irae" ou "Dia de Ira" que veio a ser - e é - um famoso hino surgido no século XVIII e cuja inspiração o seu autor - de que se desconhece por inteiro a sua identidade - foi buscar ao Livro profético de Sofonias que antevia um dia de juízo universal, tenebroso e terrível, que afectaria - no seu tempo - Judá, a terra desobediente que com a sua atitude se dispunha a ficar sob a influência, quer do Egipto ou da Assíria, advertindo aquele povo que era ainda tempo de escapara a ira divina.
Mozart utilizou esta passagem bíblica para fazer dele a apoteose do seu "Requiem" e como consequência na tradicional Missa católica dedicada aos falecidos, pelo que ao aproximar-se o dia 2 de Novembro "Dia dos fiéis defuntos" esta composição "Lacrimosa" ganha toda a sua excelência tradicional por tornar presente aos vivos as memórias dos que partiram e a intercepção destes perante Deus, para que sobre eles reine o poder da piedade divina e lhe dê o repouso eterno.
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