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domingo, 30 de outubro de 2016

"Lacrimosa" de Mozart: um hino todos os anos renovado.

Lacrimosa


Dia de lágrimas aquele
em que ressurgirá das cinzas
um homem para ser julgado.

Tende, pois, piedade dele, ó meu Deus!
Ó misericordioso, Senhor Jesus
concedei-lhe o repouso eterno. Amém

in, Vagalume
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O profeta Sofonias em (1, 15-16)diz o seguinte: 

Um dia de ira, aquele dia,
dia de angústia e tribulação,
dia de destruição e devastação,
dia de trevas e de escuridão,
dia de nuvens e de névoas espessas.
Dia de trombeta e de alarme
contra as cidades fortes
e as altas torres angulares.
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É o famoso "Dies Irae" ou "Dia de Ira" que veio a ser - e é - um famoso hino surgido no século XVIII e cuja inspiração o seu autor - de que se desconhece por inteiro a sua identidade - foi buscar ao Livro profético de Sofonias que antevia um dia de juízo universal, tenebroso e terrível, que afectaria - no seu tempo - Judá, a terra desobediente que com a sua atitude se dispunha a ficar sob a influência, quer do Egipto ou da Assíria, advertindo aquele povo que era ainda tempo de escapara  a ira divina.

Mozart utilizou esta passagem bíblica para fazer dele a apoteose do seu "Requiem" e como consequência na tradicional Missa católica dedicada aos falecidos, pelo que ao aproximar-se o dia 2 de Novembro "Dia dos fiéis defuntos" esta composição "Lacrimosa" ganha toda a sua excelência tradicional por tornar presente aos vivos as memórias dos que partiram e a intercepção destes perante Deus, para que sobre eles reine o poder da piedade divina e lhe dê o repouso eterno.

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