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domingo, 21 de fevereiro de 2016

Uma memória de Vitorino Nemésio



Passou, ontem, dia 20 de Fevereiro de 1978, despercebidamente, a data do falecimento de um dos maiores vultos da Literatura Portuguesa e do Academismo nacionais do século XX, Vitorino Nemésio, que foi um brilhante Poeta, Escritor e Professor Universitário.

De seu nome completo Vitorino Nemésio Mendes Pinheiro da Silva, nasceu na Praia da Vitória (Açores) em 19 de Dezembro de 1901, tendo falecido em Lisboa, mas sepultado no Cemitério de Santo António dos Olivais, em Coimbra, sua terra adoptiva.

Foi laureado em 1944 com o prémio Ricardo Malheiros, com o romance: MAU TEMPO NO CANAL.

Poesia
O Bicho Harmonioso (1938)
Eu, Comovido a Oeste (1940)
Nem Toda a Noite a Vida (1953)
O Verbo e a Morte (1959)
Canto de Véspera (1966)
Sapateia Açoriana, Andamento Holandês e Outros Poemas (1976)
Caderno de Caligraphia e outros Poemas a Marga (2003) - póstumo

Ficção
Paço do Milhafre (1924)
Varanda de Pilatos (1926)
Mau Tempo no Canal (1944),
Quatro prisões debaixo de armas (1971)

Ensaio e Crítica
Sob os Signos de Agora (1932)
A Mocidade de Herculano (1934)
Relações Francesas do Romantismo Português (1936)
Ondas Médias (1945)
Conhecimento de Poesia (1958)

Crónica
O Segredo de Ouro Preto (1954)
Corsário das Ilhas (1956)
Jornal do Observador (1974).

Pequeno retrato é este para o grande homem que ele foi e que a Cultura Portuguesa, que o devia lembrar e o deixou esquecido nesta data, lamentavelmente, porque o Ministério da Cultura que temos, hoje como sempre temos tido, nunca existiu que não fosse no papel e para dar lugar e prebendas aos correlegionários políticos.

Naturalmente, os homens e mulheres da minha geração todos se lembram do seu programa radiofónico: SE BEM ME LEMBRO..., radiodifundido pela RTP entre os anos de 1969 a 1975, no qual abriu as fronteiras do seu vasto conhecimento para quem teve a felicidade de ouvir o comunicador por excelência que ele foi-

Durante meia-hora, em horário nobre, ele foi um apaixonado da palavra que o tornou popular entre os ouvintes, tendo deixado com a sua morte um vazio que se prolonga até ao tempo de hoje.

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