"Quarta-feira de cinzas"

Amanhã, dia 10 de Fevereiro, é "Quarta-feira de Cinzas".

É para esse primeiro dia - o dia das Cinzas, também assim conhecido - que o Coro da Catedral de Coimbra, ao lembrá-l'O através da música e do canto laudatório, faz d'Ee, um momento em que o ouvido transmite à alma o sentido da recolha íntima de aproximação ao Alto Espírito que vai estar presente para toda a Eternidade a pairar "sobre as águas" como nos diz a narração da Criação (Gn 1,2), quando ainda, nada havia, tão pouco as águas.

Amanhã é o 1º dia da Quaresma do calendário gregoriano - ou seja, dos 40 dias em que os fiéis são convidados a preparar interiormente, um tempo de vivência da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, durante a Semanas Santa

Nesse Dia o que acontece é a imposição na cabeça dos fiéis das cinzas que são obtidas pela queima dos ramos que foram usados no Domingo de Ramos do ano anterior, em obediência a uma tradição já em uso nos primórdios do cristianismo que remonta, pelo menos, a 400 anos d.C., com sentido penitencial e que a Igreja de Roma adoptou a partir do século XI.

É, essencialmente, um tempo que tende a ser de conversão e de mudança de vida, para recordar a passageira fragilidade da vida humana, sujeita à morte.

"Lembra-te que és pó e ao pó voltarás" - diz o Sacerdote, lembrando uma frase do Livro de Génesis (3,19).

Em nota de rodapé, anota-se que com a falta de escrúpulos a que se alia uma falta de bom senso que se instalou em Portugal, por obra e graça de forças ocultas que agem encapotadas na subversão das consciências, por aquilo que foi ouvido nos "media" alguns dos desfiles carnavalescos que não puderam desfilar, hoje, por causa da chuva, preparam-se para o fazer no próximo fim de semana.

É tempo quaresmal. Mas viva a folia

É, este o nível cultural que as tais forças ocultas que se comprazem em descristianizar o povo, não se coibem de impor, sem respeito pelas crenças avoengas, sem respeito pelos próprios, que se tornam foliões num Carnaval prolongado - não pelo calendário, mas por eles -  num tempo em que o decoro devia impor mais contenção.

Adiante.

Deus é Pai de todos. E tudo passará. menos o seu Espírito e a sua Verdade, que por fim, ficará sempre por cima de todos os afogamentos dos homens.