ESTA VELA QUE SOU!
A minha vela enfunou!
Subiu o rio da vida
Às vezes contra a maré!
E de lá por onde andou
Da dura luta vivida
Trouxe a vitória da fé!
A minha vela enfunou!
Teve ventos de feição
E a rota que lhe dei.
Mas tudo quanto guardou
Cabe na concha da mão...
E tão rico que eu fiquei!
A minha vela enfunou!
Com ela singrei direito
Levei serena a barcaça.
A minha vela cantou
Coisas que eu mesmo compus
E dei a todos de graça!
A minha vela dobrou!
Já desce o rio da vida
Numa serena maré.
Mas como ainda aqui estou
Olho de frente esta lida
Pois quero morrer de pé!
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De um livro a publicar sob o nome:
VELA AO VENTO
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