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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Os santos sem altar!

DESCARGA DO PEIXE NO PORTO
Gravura publicada pela Revista"Ilustração Popular"
(de periodicidade semanal este apontamento gráfico pertence ao nº 10 do ano de 1866)


Não foi em vão que escolhi este separador floral.
São rosas que atiro, com todo o amor que posso, ao povo trabalhador de Portugal, inspirado pela antiga gravura que sob o título "Descarga do peixe no Porto" me levou até à velha Ribeira, onde pescadores e as vendedeiras do peixe negociavam a pesca entre os degraus da muralha que davam acesso aos cais, numa lota improvisada, que se perdeu no tempo.

Sinto que vivo, hoje, de algumas lembranças que, pela graça de Deus continuam a acalentar a minha curiosidade de ir ao velho acerbo das minhas riquezas guardadas - como este número da "Ilustração Portuguesa" de onde capturei esta bela imagem para a dar a quem tiver o trabalho de ler o meu "blogue" e com o prazer que sinto em a divulgar por este meio, numa sentida homenagem àquele povo de antanho, onde houve santos sem altar, mas homens e mulheres que no tempo difícil da Monarquia Constitucional conseguiram que Portugal fosse transmitido, íntegro, aos vindouros.

Honra e glória para esses santos sem altar, seja para os que se foram embora, como os do nosso tempo, que há muitos por aí, ignorados do Poder, mas são um poder maior que o instituído, porque são eles que continuam com as amarguras do presente - na continuação das antigas - a manter viva a chama do Portugal antigo.

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