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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Os impostos indirectos subreptícios...

http://jornais.sapo.pt/ de 3 de Fevereiro de 2016 
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Dizem, agora, os defensores de António Costa que ele nunca afirmou que não aumentaria nenhum imposto, mas tendo falado, apenas, que não aumentava os impostos sobre o trabalho, nem os impostos indirectos sobre alguns bens essenciais.

Muito bem. Inteiramente de acordo.

O que eu discordo é do modo, porque qualquer aumento sobre automóveis, banca e combustíveis - não sendo um imposto directo sobre o trabalho - ao prejudicar o trabalhador para suprir despesas atinentes à satisfação da compra, manutenção ou sustentação desses bens, dificultando-lhe a resolução de os satisfazer ou possuir, é um imposto que lhe entrou em casa sem ele o sentir.

Por isso, os impostos indirectos que António Costa disse não fazer nos bens essenciais - e nisso estou de acordo - nestes casos, são a imposição subreptícia de impostos indirectos que vão agravar, a Economia em bens necessários ao seu desenvolvimento, que se pretende alcançar, pois sem ela não há crescimento sustentado.

Penso, assim que António Costa quer fazer o impossível, ou seja, a quadratura do círculo, o que pode agora, conseguir junto de Bruxelas, para não sofrer a vergonha de ver chumbado o Orçamento 2016, mas não vai tardar que em Portugal se venha a reconhecer o erro grosseiro dos que agora, a qualquer preço, querem ultrapassar os entraves.

Cá estamos para ver.

Mas sinto pena de ver, de novo, a entortar um caminho que, embora ainda muito torto, parecia começar a apresentar algumas planuras por entre os montes da "orografia" escalavrada onde Portugal - que merecia melhor sorte - foi metido. 

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