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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

"Passar a perna" não é para todos!


Gravura publicada pelo jornal extinto "O Zé" 
de 29 de Janeiro de 1914


Bem explícito, lê-se na bota de quem "passou a perna" - DEMISSÃO - e no que foi demitido o ar de quem se sente "corrido a pontapé" mas o que mais me intriga na gravura é a figura do povo, de cacete debaixo do braço, sem aspecto ameaçador e de boca aberta e cuja expressão pode dizer:
  • Bem feito!
Ou então:
  • Ele não merecia isso!
.....................................................................................

O actual Governo duma coisa não se livra: de não ter autoridade eleitoral, pois no concreto, ele resulta da substituição simples de uma maioria que foi eleita pelo eleitorado, por uma outra a quem o eleitorado não deu a vitória, tendo esta resultado de um "arranjo de comadres" só com o único objectivo de "correr a pontapé" aquele que foi o vencedor das eleições.

Não me cansarei de dizer isto:

Enquanto o PS não de legitimar perante o povo, tendo neste momento obtido o poder da circunstância constitucional de não poderem ser repetidas as eleições do passado dia 4 de Outubro, não posso falar doutro jeito.

Advém daí, o facto de poder dizer que a expressão do povo - tal como a gravura reflecte, não é a de achar bem o pontapé que levou à demissão da coligação PSD-CDS, mas antes o repúdio por quem teve artes de "passar a perna", zombando daquele que ficou com o poder, mas à mercê dos bons ares que pode - ou não - vir a ter dos que lho garantem, por agora.

Mas como "passar a perna" não é para todos, será que vai acontecer isso com os tais?
Não acredito!

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