Pesquisar neste blogue

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

"Nem oito... nem oitenta"!

in, Revista "O Occidente" de 1 de Junho de 1878

De modo nenhum - isto que acontecia no século XIX, pode voltar a acontecer nas nossas escolas - mas entre isto e a falta de exames do actual 4º ano (antiga 4ª classe) que a actual esquerda radical fez aprovar no ensino escolar, levando a reboque o PS que também aprovou a lei de abrogação do que havia sido determinado pelo anterior Governo, vai uma grande discordância.

Se antigamente era uma barbaridade, com os mestres-escola arvorados em inquisidores imorais que metiam medo às crianças, o exame da 4ª classe - eu fi-lo há já tantos anos, mas lembro-me de o não ter feito com medo e tal facto não me causou nenhuma inibição para o que veio a seguir na área da minha educação escolar - pelo que, quando hoje vemos tamanha protecção às crianças, não posso deixar de pensar que com tanta protecção estamos a agir de través sobre os jovens educandos.

E penso assim, porque, neste tempo em que as crianças despertam mais cedo para a sua inclusão social devido às condições de que dispõem, não lhes fazer exame naquele estádio de vida, é dar-lhes uma ilusão de facilitismo que não se coaduna com o saber autêntico que mais tarde lhes vais ser pedido, seja no Ensino médio ou superior, como pela sociedade que cada vez exige mais competência e saber.

Razão suficiente para não estar de acordo e a verberar o facto do Partido Socialista ter embarcado nesta "jogada" tão ao jeito da nossa esquerda radical, mas que não devia ser aceite pelo PS, a menos que tenha pedido a tramontana, o que parece, perdeu.

Lamento, não pelo PS
Lamento, porque aquilo que se fez.
Foi mal feito e em nada vai beneficiar a criança.

Sem comentários:

Enviar um comentário