Nos povos, sejam eles quais sejam, desde sempre têm co-habitado duas correntes fundamentais do pensamento que se têm digladiado para derimir entre si, a condução da História: OS CONSERVADORES E OS RADICAIS, sendo que pertence a estes últimos o uso do oportunismo para fazer valer as suas ideias contra um certo reaccionarismo dos conservadores.
Por outras palavras, dir-se-á, que a luta é legítima, porquanto os conservadores receiam a instabilidade social defendida pelos radicais no sentido das reformas e processos deverem estar de harmonia com determinada época, enquanto os conservadores, mais cautelosos, entendem que só é reformável o julgado possível de acordo com o avanço civilizacional, criticando os que se querem colocar à frente dos acontecimentos sem medirem convenientemente os prejuízos que possam advir dos seus radicalismos.
Assim, temos, os que se querem adaptar (os conservadores) e os que tudo querem substituir (os radicais), razão porque, os agentes desta duas correntes não mereçam, os primeiros ser chamados de antiquados ou reaccoináros e os segundos de loucos ou extremistas, mas uns e outros de peões sociais que pretendem - com o senso possível - encontrar maneiras de corresponder às aspirações legítimas dos povos
Temos assim, que enquanto os que parecem "parados no tempo" desejam avançar sem destruir de qualquer modo o que existe, os outros, querem avançar contra "tudo e contra todos", parecendo que o mais razoável é só substituir algo para o qual se encontra substituto não deixando falhas, em contraposição com os que querem sem preocupações de maior, destruir sem se importarem com as falhas que possam ocorrer.
Por fim, deve assentar-se que todo e qualquer FUTURO só deve ser construído em cima das bases do PASSADO com as argamassa que a ele se possam ir buscar, constituindo, assim, os seus elementos substanciais, pelo que, até nos aspectos religiosos - algo que prende o homem à sua finitude existencial - é um erro que o radicalismo pretende erradicá-la da sociedade, quando o modo mais correcto é o da adaptar às novas necessidades da vida, ás novas modalidades do
Espírito e não seguir o caminho oposto: que no extremo, deseja cercear a difusão da crença religiosa.
Temos, por fim, que qualquer sociedade só avança com o aproveitamento do que nela existe de fundamental, de característico ou tradicional, fazendo que ela seja regulada pela influência da civilização, no geral, pelo que no aspecto particular da FAMÍLIA se for o caso, esta possa vir a ser, organicamente, mais leve, mas não deve ser ajudada na dissolução fácil de cada lar, pelo que nessa célula fundamental, se deve aproveitar como válido a sua estrutura de base e não, de qualquer modo, instalar nela a anarquia dos radicais, onde não raro, impera a violência da fantasia das mudanças, como se as pessoas fossem descartáveis.
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