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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Sob o seu manto as democracias, às vezes... escondem ditaduras!


Símbolos do casal normal


Dei-me conta do que aconteceu no passado dia 20 de Dezembro na Eslovénia.

Num referendo havido 60% da população eslovena rejeitou naquele dia um lei parlamentar que autorizava o casamento entre pessoas do mesmo sexo que havia sido aprovada no passado mês de Março.

Este referendo foi provocado por aqueles que se opuseram à lei que no Parlamento esloveno obtivera uma larga maioria com o apoio da esquerda e do partido do Primeiro-Ministro, que reconheceu aos casais do mesmo sexo os mesmos direitos dos casais heterossexuais, incluindo o direito de adopção.

Deste facto conclui-se o seguinte:
  • Nem sempre os parlamentares eleitos transmitem à Nação o seu verdadeiro sentir.
  • Pelo que, em leis como esta, a Nação deve ser ouvida.
Pelo que, em primeiro lugar, se os parlamentares fossem "pessoas de bem" - em situações fracturantes da sociedade - consentiam que em primeiro lugar que a Nação fosse ouvida em referendo e, só depois, as soluções deviam servir de lei.
Infelizmente, para nós - portugueses - temos um Parlamento que perante a Lei geral a cumpre, mas, como recentemente aconteceu, pela ditadura da maioria de esquerda radical e da esquerda híbrida do PS, revogaram leis, que deveriam ter sido referendadas.

Não os culpo.

Culpo-me a mim mesmo - uma parte ínfinitivamente pequena do povo da Nação - mas não posso deixar de verberar contra este estado ditatorial de um Parlamento que votou, quando se impunha que tivesse havido, com tempo, a realização de um Referendo popular e não a pressa como agiram, como se em Portugal o mais importante fosse aquilo que a maioria fez, contando até, com alguns votos tresmalhados da chamada direita parlamentar, uma anormalidade que deve ter enchido de júbilo os de toda a esquerda.

Eu sei que quer impor-se a "ideologia do género" em que as expressões "género" ou "orientação sexual" são uma artimanha que tende a encobrir o facto iniludível de que os seres humanos se dividem biologicamente em dois sexos, mas que, e de acordo com esta moderna e descabelada corrente ideológica as diferenças ancestrais entre homem e mulher, para além das evidentes implicações anatómicas, não implicam numa natureza fixa e como tal impossível de confundir, mas devendo ser o resultado de uma construção social, aberrante sob qualquer ângulo em que a tomemos, fazendo jus à sua criadora: Simone de Beauvoir: "não se nasce mulher, fazem-na mulher".

A concluir, dir-se-á, que sob o seu manto a Democracia esconde Ditaduras e é sobre isto que todos devemos estar atentos.

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