in, Revista "O Occidente" de15 de Outubro de 1878
ROMEU E JULIETA
Aguarela de Gonçalves Pereira, pertencente à Duquesa de Palmela
(conforme a descrição coeva)
(conforme a descrição coeva)
De vez em quando dou com os meus olhos pousados e quase absortos nesta velha imagem. Dou comigo a pensar na imaginação do artista e na postura do galo ROMEU e da galinha JULIETA, ficando depois a discorrer naquele namoro de paz, com uma significativa intrusão no verdadeiro namoro que William Shakespeare imortalizou.
Neste tempo de Natal, esta velha aguarela de Gonçalves Pereira, com toda a sua carga de amor, bem podia servir como exemplo para este mundo controverso, no qual, a guerra existe, mas com canhões escondidos, para que os homens regredissem nos seus ódios mesquinhos e fossem, mesmo nas palavras, mais contidos, porque elas, quantas vezes, são as que fazem as guerras, atiçando os ódios.
Esta aguarela fui-a buscar ao velho acervo das minhas lembranças e "posto-a" aqui para que fique como o meu desejo de uma paz namorada para todos os que me dão a honra de lerem o meu "blogue" e que ela se projecte no Ano Novo que não tarda a abrir-se na dobradiça da roda incessante da vida que, quer queiramos ou não, acabará um dia com o namoro dos ROMEUS E LULIETAS... mas que ainda podemos ser...
Vamos aproveitar este tempo de paz neste Natal de 2015?
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