O professor de
religião pediu aos seus alunos que levassem batatas e um saco de plástico para a
aula e escrevessem nas batatas o nome de cada pessoa de quem sentiam mágoas ou
tivessem ressentimentos.
Uma batata para
cada nome.

A tarefa consistia em levar as batatas a todos
os lugares onde fossem, por tempo indeterminado, até que o professor os
autorizasse a livrar-se delas.
Naturalmente, as batatas foram-se
deteriorando. Além do peso, logo, também o mau cheiro começou a incomodar os
alunos, até o ponto de não aguentarem
mais:
- Professor, por
favor, não dá mais. Podemos deitar fora este lixo em que se tornaram as batatas?
- Sim, podem, mas, se junto com elas não jogarem fora toda a mágoa e
ressentimentos que elas representam, o peso e o mau cheiro não sairá dos vossos corações.
Autor desconhecido
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Depois disto, apetece lamentar o desconhecimento do autor desta história que passou a ser do património comum, que é, vista por qualquer ângulo civil ou religioso, de uma profundidade imensa e, por isso, dava vontade de lhe agradecer o facto de a ter concebido.
Não o podendo fazer fica a história como um marco miliário num dos muitos caminhos do mudo por onde passam os homens.
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