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quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Uma história de batatas...



O professor de religião pediu aos seus alunos que levassem batatas e um saco de plástico para a aula e escrevessem nas batatas o nome de cada pessoa de quem sentiam mágoas ou tivessem ressentimentos.

Uma batata para cada nome.
 Pediu, depois, para colocarem as batatas dentro do saco de plástico que guardariam na mochila, junto com seus livros e cadernos.

 A tarefa consistia em levar as batatas a todos os lugares onde fossem, por tempo indeterminado, até que o professor os autorizasse a livrar-se delas.
 Naturalmente, as batatas foram-se deteriorando. Além do peso, logo, também o mau cheiro começou a incomodar os alunos, até o ponto de  não aguentarem mais:

- Professor, por favor, não dá mais. Podemos deitar fora este lixo em que se tornaram as batatas?
- Sim, podem, mas, se junto com elas não jogarem fora toda a mágoa e ressentimentos que elas representam, o peso e o mau cheiro não sairá dos vossos corações.

 Autor desconhecido
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Depois disto, apetece lamentar o desconhecimento do autor desta história que passou a ser do património comum, que é, vista por qualquer ângulo civil ou religioso, de uma profundidade imensa e, por isso, dava vontade de lhe agradecer o facto de a ter concebido.

Não o podendo fazer fica a história como um marco miliário num dos muitos caminhos do mudo por onde passam os homens.

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