A abertura da Porta Santa, na Basílica de São Pedro, em Roma, amanhã, dia 8 de Dezembro vai marcar o início do Ano Santo do Jubileu da Misericórdia com o seu fim no dia 20 de Novembro de 2016, solenidade de Cristo-Rei.
O nome de Jubileu tem os ses primórdios num hábito do povo hebreu que acontecia de 50 em 50 anos - derivando daí o nome de "jubileu" - e durante o qual se fazia a restituição por igual a todos os habitantes de Israel que tinham perdido as suas propriedades, ou até, a liberdade pessoal, fazendo recordar aos ricos que era chegado o tempo em que os escravos se equivaliam a eles, podendo reivindicar os seus direitos, segundo um preceito da lei mosaica.
O nome de Jubileu tem os ses primórdios num hábito do povo hebreu que acontecia de 50 em 50 anos - derivando daí o nome de "jubileu" - e durante o qual se fazia a restituição por igual a todos os habitantes de Israel que tinham perdido as suas propriedades, ou até, a liberdade pessoal, fazendo recordar aos ricos que era chegado o tempo em que os escravos se equivaliam a eles, podendo reivindicar os seus direitos, segundo um preceito da lei mosaica.
Dois exemplos do Antigo Testamento:
Durante seis anos semearás a tua terra e colherás o seu
produto. No sétimo ano, porém, deixá--la-ás em pousio e abandoná-la-ás; os
pobres do teu povo comerão, e os animais do campo comerão o que restar. Farás
do mesmo modo para a tua vinha, para o teu olival. (Ex 23, 10-11)
Contarás sete semanas de anos, isto é, sete vezes sete anos;
de forma que a duração de estas sete semanas de anos corresponderá a quarenta e
nove anos. Depois, farás ressoar fortemente a trombeta, no décimo dia do sétimo
mês. No dia do grande Perdão, fareis ressoar o som da trombeta através de toda
a vossa terra. Santificareis o quinquagésimo ano, proclamando na vossa terra a
liberdade de todos os que a habitam. Este ano será para vós um Jubileu; cada um
de vós voltará à sua propriedade, e à sua família.
O quinquagésimo ano é o ano do Jubileu: não semeareis, não
colhereis do que cresce espontaneamente, nem vindimareis as vinhas que não
foram podadas. Porque é o Jubileu, deve ser uma coisa santa para vós e comereis
o produto dos campos. Neste Jubileu, cada um de vós recobrará a sua propriedade.
Quando fizeres uma venda ao teu próximo, ou se comprares alguma coisa, não vos
prejudiqueis um ao outro. Farás essa compra ao próximo, tendo em conta os anos
decorridos depois do Jubileu, e ele fará essa venda tendo em conta os anos das
colheitas. Conforme os anos forem mais ou menos numerosos, assim tu pagarás
mais ou menos pelo que adquirires, porque é um número de colheitas que ele te
vende. Não vos prejudiqueis uns aos outros. Teme o teu Deus, porque Eu sou o
Senhor, vosso Deus.» (Lev 25, 8-17)
O primeiro Jubileu ocorreu no ano 1300 por instituição do Papa Bonifácio VIII tendo-se-lhe seguido o de 1350 - com o Papa exilado em Avinhão - depois, sem a mesma periodicidade, em 1390, 1400, 1423 - o da restauração pós-crisma - 1450, 1475; 1500; 1525, o da crise religiosa na Europa - 1550, o do Concílio de Trento; 1575; 1600; 1625: 1650, o da restauração da Catedral de Roma para o Ano Santo; 1675, onde pela primeira vez a colunata de Bernini acolhe os peregrinos; 1700, o chamado Jubileu do chamado "século das luzes" fundado sobre o culto da "razão"; 1725, o Ano Santo do resgate dos escravos: 1750, o Ano Santo da Cruz do Coliseu: 1775; 1825; 1875; 1900; 1925, o Ano Santo da pacificação da paz; 1950, o Jubileu "do grande retorno e do grande perdão"; 1975, o Jubileu da reconciliação e da alegria; 2000, com a celebração dos 2000 anos da Encarnação de Jesus Cristo.
Será o Ano Santo da Misericórdia, tendo-se adoptado para as leituras do Evangelho do Tempo Comum o evangelista S. Lucas, chamado "o evangelista da misericórdia", no qual as parábolas da misericórdia "A ovelha perdida"; A moeda perdida e o "Pai misericordioso" são preponderantes, enquanto marcos religiosos que balizam a nossa caminhada humana.
Sem comentários:
Enviar um comentário