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sábado, 19 de abril de 2014

Ó morte, onde está a tua vitória?


Valença - Fortaleza
Porta da Coroada de acesso ao Revelim da Coroada


Um destino feliz levou os meus passos até à cidade de Valença - também conhecida por Valença do Minho - e, no meu deambular descuidado, achei-me encantado, a percorrer o interior da sua velha Fortaleza, neste tempo Pascal. 
Já de saída, ao passar pela Porta da Coroada que a foto documenta, bem a meio do florão que encabeça a sua multissecular arcada, dei com a Cruz - réplica da que um dia se ergueu no Gólgota - e que ali sinalizava a bem conhecida "Cruz da Penitência", apresentando sobre o braço horizontal uma faixa de tecido roxo, simbolizando a mortalha de Jesus e o conjunto o triunfo do Crucificado sobre o poder da morte.

O sinal que está ali, na velha porta da Fortaleza de Valença, ao representar para os que acreditam no que já foi dito, originou que respigasse dos meus velhos apontamentos o texto que se reproduz em honra e louvor do Filho de Deus, ficando a marcar neste tempo, um outro sinal: o da minha admiração e profundo respeito pelas mãos que subiram acima da muralha da velha Fortaleza - que o Município prepara para a elevar a Património da Humanidade com os seus 800 anos de História - para deixar ali o Grande Sinal que um dia aconteceu às portas de Jerusalém.


Já todos se haviam retirado 
para celebrarem a saída do Egipto, a festa da Páscoa,
não sabendo, que afinal, a verdadeira Páscoa
eras Tu, Senhor Jesus!

Assim o compreendeu o pequeno grupo que ficou ali
bem perto da Cruz, para Te darem uma sepultura condigna.
José de Arimateia era dono de um horto
perto do Calvário e é para lá que levam o Teu Corpo Santo
para o depositarem num sepulcro que ele mesmo mandar abrir.
Retiraram-Te a coroa do ultraje e alguns dos espinhos
que se haviam cravado mais fundos na Tua carne sofredora
e fecharam as bocarras dos pregos.

É então que se aproxima Nicodemos
e apresenta os perfumes
que ele mesmo tinha comprado numa das lojas da cidade.
É com eles que lavam e preparam o Teu Corpo.
Tudo isto com a ajuda de Tua Santa Mãe, de Maria Madalena
 e de Maria, mãe de José e Tiago.
Por fim fecharam o sepulcro.

Já, entretanto, a noite funda caíra...
como viria a cair sobre o drama um grande silêncio,
quando todos se retiram, seguindo a Mãe Dolorosa,
findas as orações.

De manhã bem cedo, chega um pelotão de soldados...
porque Tu, Senhor, segundo o relato que os sinedritas
fizeram ao Procurador Pilatos,  havias dito,
que ressuscitarias ao terceiro dia!
É por isso que estão ali os soldados.
Para selarem com a marca do Sinédrio o sepulcro...
e para o guardar!

Aquela gente, Senhor, nada entendeu de Ti
e daquilo que dizias.
Eram rudes e duros de compreensão.
Mataram-Te, Senhor,
e com esta guarda ao Teu Corpo
queriam evitar que ressuscitasses...
um facto transcendente que viria a acontecer
tal como havias predito,
três dias depois!

No entanto,
a Tua Alma já iluminava o Mundo
com a Luz da Salvação.
O Teu precioso Sangue derramado,
começara já o seu trabalho da redenção.
E assim será para sempre.

A Tua doutrina ficará como a Luz maior
sobre a face da Terra,
porque inauguraste
com a Tua morte gloriosa
o Reino messiânico
prometido por Deus
desde o princípio dos tempos.



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