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sexta-feira, 25 de abril de 2014

O pântano que nós criamos...


O pântano que nós criámos é a consequência directa do abandono de ideais nobres que, por incúria, cobardia, ou simplesmente, por omissão, os dois grandes Continentes, Europa e América (Norte e Sul), impantes nas suas democracias algo libertárias, onde a bandeira nobre da liberdade anunciada aos homens está  a dar lugar a distorções sem freio, onde a moral se afunda à vista de todos e a voz suplicante que ainda tem a coragem de se fazer ouvir, é tida como vinda de um ser estranho a essas duas partes do mundo que mata a moral um pouco todos os dias.

Uma dessas vozes é a da filha de Billy Graham (1), cujo testemunho tendo-me chegado por mão amiga, por ser tão profundo e de tal modo metido no desleixo colectivo do nosso tempo, com incidência especial na nossa velha Europa  – mãe de Pátrias – me parece, deva ser transmitido e lido com a atenção que ele merece.

Entrevistada no Programa “The Early Show” da CBS NEWS, por Jane Clayson, foi-lhe posta a seguinte questão:
- Como é que Deus permitiu que acontecesse algo tão horroroso no dia 11 de Setembro? (2)
Anne Graham deu esta resposta longa e pausada, de tal modo tão profunda e bela nos seus conceitos éticos e espirituais que  não pode deixar de inquietar os homens que têm a “ousadia” contra ventos e marés de levar uma leira de água límpida ao pântano infecto onde andam mergulhados a Europa e as Américas:

- Eu creio que Deus ficou profundamente triste com o que aconteceu, tanto quanto nós.
E, após uma reflexão, continuou:
- Por muitos anos temos dito para Deus não interferir nas nossas escolhas, sair do nosso Governo e sair das nossas vidas. Sendo um cavalheiro, como Deus é, eu creio que ele nos deixou calmamente. Como podemos esperar que Deus nos dê a sua bênção e sua protecção se nós exigimos que Ele não se envolva mais connosco?
À vista de tantos acontecimentos recentes: ataques de terroristas, tiroteio nas Escolas, etc., eu creio que tudo começou quando Madeline Murray O’Hara, se queixou que era impróprio fazer oração nas Escolas americanas como se fazia tradicionalmente.
 Nós concordamos com isso.

Depois, alguém disse que seria melhor, também não ler mais a Bíblia nas Escolas... a Bíblia que nos ensina que não devemos matar, roubar e devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos.
E nós concordamos.
Logo, depois, o Dr. Benjamim Spock, disse que não devíamos castigar os nossos filhos quando eles se comportassem mal, porque as suas personalidades em formação ficariam distorcidas e poderíamos prejudicar a sua auto-estima, e nós dissemos:
Um perito nesse assunto deve saber o que está a dizer...
E então, concordamos com ele.
Depois, alguém disse que os professores e directores das Escolas não deviam disciplinar os nossos filhos nos seus maus comportamos.
Então foi decidido que nenhum professor poderia tocar nos alunos.
E, depois, alguém sugeriu que as nossas filhas fizessem abortos, se elas assim o quisessem.
E nós aceitamos, sem ao menos questionar.

E foi dito que deveríamos dar aos nossos filhos tantos preservativos quantos eles quisessem, para que eles se pusessem divertir à vontade.
E nós dissemos: - Então, está bem.
E, ainda aconteceu, que alguém sugeriu que imprimíssemos revistas com fotografias de mulheres nuas e dissemos que isso era são e uma natural apreciação do corpo feminino.
E houve alguém, que levou um passo mais adiante e publicou fotografias de crianças nuas e para chegar mais longe pô-las à disposição na Internet.

E nós continuamos a dizer:
Está bem, isto é, democracia e eles têm o direito de ter liberdade de se expressar – de qualquer modo – e fazer isso.
Agora, nós perguntamo-nos porque é que os nossos filhos não têm consciência e porque é que não sabem distinguir o Bem do Mal, e entre o Certo e o Errado; porque é que não lhes incomoda matar pessoas estranhas ou seus próprios colegas de classe ou a si próprios.
Provavelmente, se nos analisarmos seriamente, iremos facilmente compreender:
Nós colhemos aquilo que semeamos.
Chegada aqui, na sua longa resposta, Anne Graham acrescentou este pormenor idealizado pelo seu espírito, numa ficção que lhe pareceu ilustra bem todas as suas considerações:
Uma menina escreveu um bilhetinho para Deus, dizendo o seguinte:
- “Senhor, porque é que não salvaste aquela criança na Escola?”
Deus respondeu:
- “Querida criança, não me deixam entrar nas Escolas!”

E, após, este desvio pelo campo do divino, retomou o fio da conversa, dirigindo-se ao entrevistador que havia passado a ouvinte interessado:
É triste como as pessoas simplesmente culpam Deus e não entendem porque é que o Mundo está a ir a passos largos para o abismo.
É triste como cremos em tudo que os jornais e a televisão dizem e duvidamos da Bíblia, ou da sua religião, que você diz que segue e ensina.
É triste como toda a gente quer ir para o Céu desde que não precise de crer, nem pensar ou dizer qualquer coisa que a Bíblia ensina.
É triste como alguém dia: “Eu creio em Deus”e vive ao invés do que proclama.
É triste como podemos mandar centenas de piadas por e-mail e elas se espalham como fogo, mas quando tentamos algum a falar de Deus, as pessoas têm medo de compartilhar.
É triste como o material imoral, obsceno e vulgar corre livremente na Internet, mas um discurso público a respeito de Deus é suprimido rapidamente na Escola e no Trabalho.
É triste como as pessoas ficam inflamadas de Cristo aos Domingos, mas depois transformam-se em cristãos invisíveis pelo resto da semana.

Acabou com esta sentença a resposta à única pergunta do entrevistador, mas, parece importante que as suas palavras sejam divulgadas, pelo laxismo da sociedade doente que habita os dois grandes Continentes.
Os comentários ficam para quem os quiser fazer.




(1)  - Billy Graham é é um pregador evangélico norte-americano. Nasceu em 7 de Novembro de 1918 em Charlotte, Carolina do Norte. Foi conselheiro espiritual de vários presidentes americanos. Foi ainda o mais proeminente  membro da "Covenção Batista Sulista dos EUA".

(2)  - Alusão ao ataque suicida de quatro aviões sequestrados, tendo dois deles colidido contra as torres do World Trade Center em Manhattan, Nova York.

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