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quinta-feira, 24 de abril de 2014

A importância do amor


É, apenas, uma palavra 
que espera encontrar no outro - ou na outra - a definição mais perfeita


Conta-se que numa ilha imaginária viviam - como se verá, depois, numa aparente harmonia - todos os sentimentos humanos, como a Amor, a Emoção, a Alegria, a  Tristeza e a Moralidade a par de situações acidentais, como a Riqueza.

Um dia, soube-se naquela ilha que uma convulsão natural se preparava para a mergulhar na profundeza das águas, o que originou que todos arregaçassem as mangas e prepararam os seus barcos para desertar. E assim aconteceu.

Ficou, apenas, o Amor.

Com fé num milagre qualquer que livrasse a ilha daquele cataclismo anunciado, dispôs-se a arriscar até ao último momento, até que, quando pressentiu, que já nada mais havia a fazer, resolveu partir. Aconteceu, porém, que não encontrou o seu barco, de que resultou ter de pedir ajuda. Colocado na orla da praia deu em olhar o horizonte.

Viu ao longe o barco da Emoção e acenou-lhe:
- Salva-me...
- Não posso. – ouviu – Estou de tal forma comovida, que a emoção de ter deixado a ilha me tira o desejo de voltar aí..
.
Viu, depois, o barco da Alegria e pensou: “Esta vem salvar-me”...
- Não vou, não! – disse-lhe de muito longe – Estou tão alegre de ter partido, que já não sei o caminho para chegar ao pé de ti...

Passou a Tristeza e o Amor pensou: “Não vale a pena chamá-la... vai muito triste”... e não a chamou.
Mas, de repente, apareceu a sulcar as ondas o barco da Moralidade.
De novo o Amor exultou, na expectativa de ser salvo.
Mas, não aconteceu.
- Não tenho tempo agora. Neste meu novo estágio de vida tenho o meu tempo todo ocupado a dar lições de Moral. – desculpou-se a Moralidade

Veio a seguir a Riqueza.
- Vem salvar-me, pediu o Amor, já em estado desesperado, pressentido que em breve iria ao fundo, já que mal se via a praia e a ilha era, somente, uma mancha em cima do Mar.
Foi, então, que o Amor ouviu a voz de um velho, vinda de muito longe, das alturas do Céu e  lhe disse:
- Vem, Amor... anda comigo...
Nos braços daquele velho estranho, de longas barbas e olhar profundo, andaram alguns dias até atingirem terra firme e de tão contente que se sentia e emocionado por se saber a salvo o Amor até se esqueceu de lhe perguntar o nome e, entretanto, deu-se conta que o seu salvador tinha desaparecido.

Foi, então, que lhe apareceu, sem ele saber de onde, o Saber, a quem perguntou:
- Saber: diz-me o nome de quem me ajudou.
- Foi o Tempo...
- O Tempo... – questionou o Amor – mas porque foi que o Tempo me ajudou?
- Porque só o Tempo é capaz de avaliar como o Amor é importante na vida.
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Nota:  Adaptação livre de uma mensagem evangélica

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