Os homens não se conhecem bem a si próprios, porque não é fácil ser, ao mesmo tempo, actor e espectador, observador e observado. Mas, por outro lado, também não conhecem bem os outros, porque o poder de dissimulação do ser humano é enorme. Além disso, a observação torna-se mais difícil quando o observador é parte interessada no fenómeno; porque neste caso, a afectividade e a subjectividade desvirtuam-lhe a visão. É o caso de certos psicólogos e pedagogos que se revelam profundos conhecedores da alma humana quando realizam as suas observações nas escolas ou nos laboratórios, e que, entretanto, falham, a este respeito, na vida prática.
in, "Psicolgia do Homem" de Mário Gonçalves Viana
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