Recordo-me.
Um dia, um bom
Amigo que Deus lá tem
disse-me o
seguinte:
Atrás de cada
vida fica o cemitério dela mesma,
mas só devemos
ser coveiros, em cada tempo
das coisas más
que nos vão acontecendo
quando, de
todo, já não tiverem o préstimo
de nos ajudar
- com a emenda - a fazer o passo
seguinte
para
alcançarmos as coisas boas.
Recordo-me,
ainda dele ter dito:
Só, por isso,
ambas as coisas são importantes...
E de ter
acrescentado:
As primeiras
porque podem ser lições
para não se
cometerem erros futuros e as segundas
porque são
ensinamentos que nos ajudam
a prosseguir,
sendo nelas que devemos fundar
a construção
da vida.
Obrigado,
querido Amigo, por esta antiga lição!
Por ela,
aprendi, que o grande mal
é vivermos num
acto contínuo de experiências
de coisas
novas, mas sem pormos na balança,
para as aferir
com a
experiência das coisas que já passaram
fazendo delas,
e de imediato, o julgamento apressado
de tudo serem
velharias sem préstimo e enterrando-as
quando,
algumas, podiam ser úteis!
Atenção a
estes enterros apressados.
A vida é feita
de coisas novas e coisas velhas,
sendo sempre
uma atitude impensada
o facto de se
julgarem velharias
as
experiências passadas, quando elas são,
muitas vezes,
as que devem orientar o futuro,
sobretudo, se
à luz de novos conceitos
elas podem ser
revistas, sem morrer para sempre
sepultadas
como coisas velhas e sem valor
no cemitério
da vida que vai passando!
Isto sugere,
que se
fôssemos mais atentos ao Evangelho,
- O Livro dos
Livros - certamente daríamos
com aquela
passagem de S. Mateus, quando nos conta
que num certo
dia em que Jesus falava aos discípulos
por parábolas
e explicando-as, ter dito:
Por isso, todo
o escriba instruído acerca do Reino dos Céus
é semelhante a
um pai de família, que tira do seu tesouro
coisas novas e
velhas. (Mt, 13 - 52)
Concluindo,
dir-se-á,
que nas coisas
más - julgadas velhas - e que sepultamos.
acontece, por
vezes, que aquilo que enterramos
foram tesouros
mal avaliados!
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