Pesquisar neste blogue

terça-feira, 19 de maio de 2015

Obrigado à Vida - Joan Baez (20)


Obrigado à vida!


É este o tema da bela canção que Joan Baez interpreta para nos dizer, cantando, o seu obrigado ao facto de existir, que nos leva a entender que em cada conceito que ela exprime é um hino ao Criador que nos devia interpelar naquele misto de alegria e dor em que se compõe a vida de qualquer ser.

Ouçamos Joan Baez e encantemo-nos com a sua alegria, que tem de ser a nossa!



... e retenhamos a beleza das afirmações em que ela ao exprimir-se e da forma como o faz nos dá motivos de agradecer a Deus a vida que temos, vendo em nós mesmos plantadas as raízes de coisas boas, que a nossa desatenção nem sempre deixa crescer para o sol da vida.

Vejamos alguns dos temas básicos deste belo hino à vida e como a cantora nos convida a fazer o mesmo,

  • Com os seus olhos abertos para a luz do dia...
  • Vendo no alto céu o fundo das estrelas...
  • E no meio da multidão o seu amor... 
  • No barulho dos martelos e das turbinas sentir que é ali onde se gera o trabalho para alimento da vida...
  • Olhar os seus pés cansados e continuar...
  • Sentir e viver o som das palavras que se falam ou se cantam...
  • Obrigado à mãe, ao amigo, ao irmão...
  • Obrigado ao resplendor da luz...
  • O caminho da alma que se está amando...
  • Ver as praias e os desertos...
  • As montanhas e as planícies...
  • Sentir o seu coração que vibra ao olhar o fruto do cérebro humano...
  • O poder ver por detrás dos olhos e sentir que por detrás há o Mistério da vida...
  • O riso e as lágrimas...
  • Saber distinguir entre a felicidade e a tristeza...

Tradução do poema.

Obrigado à vida


Obrigado à vida que me tem dado tanto.
 Ela deu-me dois olhos que, quando os abro
 Distingo perfeitamente o preto do branco
 E no alto céu seu fundo estrelado
 E nas multidões o homem que eu amo.

Obrigado à vida que me tem dado tanto.
 Ela me deu parecer que em toda a sua largura
 Grave noite e dia, grilos e canários,
 Martelos e turbinas e tijolos e tempestades,
 E a voz macia de minha amada.

Obrigado à vida que me tem dado tanto.
 Ela deu-me som e o alfabeto;
 Com as palavras que penso e falo:
 Mãe, amigo, irmão, e um resplendor de luz
 A rota da alma que eu estou amando.

Obrigado à vida que me tem dado tanto.
 Deu-me a andar com os meus pés cansados;
 Com eles eu andei cidades e poças
 Praias e desertos, montanhas e planícies,
 E sua casa, sua rua e seu pátio.

Obrigado à vida que me tem dado tanto.
 Ela deu meu coração vibrar seu quadro
 Quando eu olho para o fruto do cérebro humano,
 Quando vejo um bom assim longe de ser ruim,
 Quando eu olhar para a parte de trás de seus olhos claros.

Obrigado à vida que me tem dado tanto.
 Deu-me o riso e deu-me as lágrimas.
 Então, eu distingo a felicidade da tristeza,
 Os dons materiais que formam a minha música,
 E a sua música, cante-me,
 E tudo o que cantar é a minha própria música.
 Obrigado à vida que me tem dado tanto.


Sem comentários:

Enviar um comentário