Gravura publicada pelo jornal já extinto "O Zé" de 3 de Agosto de 1915
Içai... só mais um bocadinho! É o que ocorre dizer olhando esta velha gravura.
Vejamos: No cimo do mastro está a cadeira do poder. O chefe apoiado por quatro apaniguados (que são uma imagem da multidão que o segue) estão em aflições porque as cordas esticadas no máximo não permitem de per si só que ele alcance a cadeira do poder, pelo que à última hora vieram uns tantos que, desesperadamente, o tentam empurrar para cima.
Não tarda aí a repetição da cena, assim como não tarda que os "Júlios Césares" do nosso tempo, como se tivessem de transpor um novo "Rubicão" - que é o rio das Legislativas de 2015 - soltem o grito (alguns à surdina já o fizeram!) "Alea jacta est" (a sorte está lançada) e, depois, é só ver como uns puxam para cima esticando a corda tanto quando puderem, e outros enroscados neles mesmos para ajudar o chefe a alcançar a cadeira do poder, na mira, já se vê, de virem a ser prendados, o que se não pode levar a mal por tal atitude fazer parte deste "jogo" sempre feito a bem do povo... que julga "jogar" por dentro... e, muitas vezes, é colocado "fora de jogo".
Com as variantes próprias do tempo tudo se vai repetir para o mesmo fim, parecendo, que aquilo que não muda é o desejo e a voz do chefe:
Içai... só mais um bocadinho!
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