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segunda-feira, 4 de maio de 2015

A eventual volta do Imposto Sucessório


Gravura publicada pelo extinto Jornal 
"A Bomba" de 15 de Junho se 2015


Noticiaram recentemente, os jornais:

Com as alterações legislativas levadas a cabo em 2003 foi abolido o Imposto sobre as Doações e Sucessões dando lugar, no entanto, ao Imposto do Selo com algumas isenções.

Peritos do PS propõem três medidas para financiar a Segurança Social: recuperação de imposto sucessório, penalização da TSU para empresas que despedem muito e consignação da receita que adviria da descida do IRC.

Contas dos economistas do PS contam com uma receita de 104 milhões de euros em 2016. A medida é polémica.



A orquestra está afinada e toca a música habitual para abrilhantar o "Bailado Político", onde aparece, a Pátria - como convém, vestida de vermelho e onde não falta o barrete - e se contenta coma  dança, mas sem se aperceber da trama em que a querem envolver, com o ressurgimento do "Imposto Sucessório" para heranças superiores a um milhão de euros, uma proposta que faz parte do estudo dos doze economistas a quem o PS encomendou o "Documento para a Década".

Eu penso que este imposto é, possivelmente, dos mais justos em termos sociais, pelo que o aceito... o que não aceito é que me queiram enganar, porquanto, Portugal não tem tantos milionários - de heranças superiores a um milhão de euros - cujas taxas a favor do Estado a pagar pelos sobrevivos possam ser de tal modo generosas que ajudem os cofres públicos em montantes capazes de aliviar as contas degradadas da Segurança Social.

E que isto não chega. Como diz o povo: é uma gota no oceano.

Pelo que, não taxando os sobrevivos que ficam abaixo daquela quantia - e é a maioria do povo - isto cheira a  um modo de demagogia que no tempo actual já não convence, razão que me leva a dizer, repetindo: A orquestra está afinada e toca a música habitual para abrilhantar o "Bailado Político" que a feliz gravura que se reproduz representa, só que, ao que parece, a orquestra tem um tom desafinado... porque toca a poupar a maioria dos eventuais votantes - que interessa cativar - acenando em ir buscar dinheiro aos ricos, embora sabendo-se que tal facto é a tal gota no oceano.

É, convenhamos, uma desafinação... concertada!
Só não sei se por culpa dos músicos ou do maestro.
Ou será de todos?

Apetece, por isto - e com a devida vénia - brincar, utilizando os versos bem dispostos de uma antiga cantiga popular, que penso, pertence à colectividade:

A mim não m'enganas tu,
A mim não m'enganas tu.
A panela ao lume
O arroz'stá crú!

'Stá crú, deixá-lo cozer
'Stá crú, deixá-lo cozer
Metem-me um barrete,
Metem-me um barrete,
Deixá-lo meter!

Deixá-lo meter?  Não. Lá isso, não!

O "Bailado Político" - com o barrete metido na cabeça da figura que representa a Pátria pode continuar... e, se calhar, vai continuar -  mas não contem comigo para entrar nesta dança e noutras que, eventualmente, venham doutro lado.

Estou velho para estas danças

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