O Magnificat, também conhecido como (cântico de Maria)
resulta da visita que ela fez a sua prima Isabel que vivia em Ein Karem, que
era no tempo uma vila do distrito de Jerusalém.
S. Lucas conta esta visita do seguinte modo:
Por aqueles dias,
Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha, a uma cidade da
Judeia. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a
saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia
do Espírito Santo. Então, erguendo a voz, exclamou: «Bendita és tu entre as
mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. E donde me é dado que venha ter
comigo a mãe do meu Senhor? Pois, logo que chegou aos meus ouvidos a tua
saudação, o menino saltou de alegria no meu seio. Feliz de ti que acreditaste,
porque se vai cumprir tudo o que te foi dito da parte do Senhor.»
Cena bíblica das mais conhecidas e substantivamente das mais
importantes do ponto de vista da História da Revelação, tem merecido ao longo do tempo a atenção de muitos compositores, onde muitos deles a têm publicado ou representado em dedicação ao ofício de Vésperas em
honra de Maria.
António Vivaldi é um destes compositores magníficos que não puderam fugir à magia daquela visita de Maria a casa de Isabel situada no cimo de uma ladeira de Ein Karem, que é, hoje, um local de visita incontornável a qualquer peregrino que se desloque à Terra Santa.
Ouçamos este cântico de louvor, que é, também, uma das mais belas Orações bíblicas.
António Vivaldi é um destes compositores magníficos que não puderam fugir à magia daquela visita de Maria a casa de Isabel situada no cimo de uma ladeira de Ein Karem, que é, hoje, um local de visita incontornável a qualquer peregrino que se desloque à Terra Santa.
Ouçamos este cântico de louvor, que é, também, uma das mais belas Orações bíblicas.
Ao sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma
cidade da Galileia
chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem chamado
José,
da casa de David; e o nome da virgem era Maria. (Lc 1,
26-27)
Aquando da visita a Isabel, Maria levava no seu ventre a
gestação miraulosa de Jesus, de onde resultou a pergunta de Isabel: E donde me é dado que
venha ter comigo a mãe do meu Senhor?
Na narrativa, após Maria saudar Isabel que estava grávida de
João Baptista, a criança se mexe dentro do seu ventre e quando esta louva Maria
por sua fé, é o momento exacto em que Maria entoa o Magnificat como resposta.
A minha alma glorifica o Senhor *
E o meu espírito se alegra em Deus, meu
Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua Serva:
*
De hoje em diante me chamarão bem aventurada
todas as gerações.
O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: *
Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em
geração *
Sobre aqueles que o temem.
Manifestou o poder do seu braço *
E dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos *
E exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens *
E aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servo, *
Lembrado da sua misericórdia,
Como tinha prometido a nossos pais, *
A Abraão e à sua descendência para sempre
Glória ao Pai e ao Filho *
E ao Espírito Santo,
Como era no princípio, *
Agora e sempre. Amen.
Por este cântico deduzimos aquilo que acontece com todos os
grandes contemplativos quando Deus desperta neles um júbilo indescritível, como
aconteceu com Maria.
O quadro é dos mais representados de toda a História bíblica
e em todos eles Maria é apresentada
atenta e serviçal, sabendo-se que foi visitar Isabel em finais da sua gravidez de João Baptista com o fim de a ajudar nas tarefas domésticas e de lhe dar conta - o que não foi preciso - pela reacção de Isabel, cheia do Espírito Santo.
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