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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

XIII Estação - Jesus é entregue a sua Mãe





Entardecera já, naquela sexta-feira...
Um homem rico e influente de Jerusalém
que não assistira ao Teu suplício, sobe até ao Calvário
no momento em que a populaça já se havia retirado.

Junto da Cruz, tinham ficado o centurião Petrónio
e alguns dos soldados que aguardavam a morte dos condenados
para os lançar na vala comum.

É então que chega o conselheiro José de Arimateia
teu discípulo oculto por medo dos judeus.
Movido por um impulso de grande piedade
não perde tempo... pede o teu Corpo a Pilatos
com o fim de Te dar uma sepultura condigna.

Pelo caminho encontra Nicodemos,
o oficial romano que num certo dia Te procurou de noite.
Trazia ele, solícito, porque tinha ficado teu amigo,
mirra e aloés para Te perfumar o Corpo.
Combinam tarefas e decidem
repartir entre ambos os trabalhos da Tua descida da Cruz
até Te colocarem no colo da Mãe Dolorosa que a tudo assistiu.

Este facto, tem esta evidência:
houve dois homens
que não Te atiraram blasfémias, nem minimamente contribuíram
para a Tua morte e naquele momento trágico
tiveram a coragem de demonstrar que eram Teus amigos
contra o sentir dos outros que Te crucificaram.

Apareceram no momento exacto, já quando os soldados
se aprestavam para deitar na vala comum dos justiçados
os dois ladrões que haviam morrido a Teu lado.
Reclamou o homem da Arimateia 
o Teu Corpo Santo para Te honrar na morte
já que o não tinha feito em vida.

E ambos, assumiram, por isso, alguns remorsos...
mas vieram pagar a dívida que sentiam
por não Te terem amado mais a peito descoberto
com medo dos seus irmãos, que costumavam repudiar
todos aqueles que se aproximavam de Ti.

Agora, porém, lá estavam a descer-Te da Cruz
José de Arimateia, o poderoso homem de Jerusalém
e o chefe da centúria romana, Nicodemos,
os dois a  tecer honras ao Teu Corpo glorioso
já inerte, nos braços dulcíssimos de Tua Santa Mãe.


Senhor Jesus:
Que eu nunca tenha medo de me mostrar
Teu amigo, ainda que pareça impertinente
a minha atitude aos olhos dos outros.

Que a minha escolha por Ti
seja sempre
um acto assumido frontalmente,
porque eu sei, Senhor, que há-de ser a Tua Mensagem
que há-de salvar o Mundo
pelo qual morreste
naquela sexta-feira que ficou santa
até ao fim dos tempos!



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