Pesquisar neste blogue

sábado, 28 de fevereiro de 2015

O "sim" e o "não". Será que politicamente valem o mesmo?



in, Jornal extinto "A Bomba" de 1 de Junho de 1912


Eu sei que a vida para ser vivida  - seja-se político ou não - exige sabedoria, sem a qual o que acontece é navegarmos ao sabor da maré, e isto foi e há-de continuar a ser um modo que não abona a favor de ninguém e como se diz: quem semeia ventos colhe tempestades

António Costa com o pequeno discurso ocorrido na reunião com chineses na Casino da Póvoa de Varzim, no dia 19 de Fevereiro de 2015, ao admitir que Portugal está hoje melhor do que estava há quatro anos - viu o que muita gente vê -  mas viu desertar das hostes socialistas o  membro fundador nº 15, Alfredo Barroso.

Depois de conhecidas estas palavras que para o PS foram um tiro no pé, para se justificar teve esta tirada que convém reter: Fico perplexo que pensem que a oposição ao governo me impede de defender o país.

É aquilo a que o povo - que é sábio - costuma chamar: pior a emenda que o soneto.

No decorrer da conferência de líderes do Partido Socialista Europeu ocorrida em Madrid, no passado dia 21 de Fevereiro de 2015, António Costa zurziu no Governo de Portugal, saudando o acordo alcançado para a Grécia e criticou a posição do executivo de Passos Coelho, lamentado que se tenha comportado como sendo  "o campeão do agravar da agonia da austeridade grega" e atribuiu os "pequenos sinais de crescimento" em Portugal, no ano passado às decisões do Tribunal Constitucional que aliviaram os cortes nas pensões e nos salários dos funcionários públicos.

Fica no ar esta pergunta:
Porque, é na reunião do Casino da Póvoa do Varzim enalteceu o sucesso de Portugal, melhor do que estava há quatro anos, afirmação que sugere uma aprovação à política do Governo, e por que é que em Madrid, só viu pequenos sinais de crescimento.

Estranho, não é?
No dia 19 de Fevereiro aplaudiu Portugal... logo o governo de Passos Coelho.
No dia 21 - dois dias depois - não lhe bateu palmas.

... E fica mais esta pergunta:

Ser político é dizer SIM e NÃO, consoante  a plateia para quem se fala?
Se calhar, é...
Eu é que não entendo. O defeito deve ser meu... admito, tal como admito que o PS, com a "arte" que se lhe reconhece vai fazer tudo para que a tempestade acalme, mas que o seu líder deu um motivo de gáudio à oposição, lá isso deu.


Sem comentários:

Enviar um comentário