Penso, que o Governo de Passos Coelho tirou um coelho da cartola, um facto que, se Portugal fosse, democraticamente, um País adulto deveria merecer o aplauso de toda a oposição, porquanto, procura não delegar para as gerações futuras - nesta parte da dívida ao FMI - os juros que teremos de pagar em virtude do empréstimo que nos foi concedido em 2011, se como refere a nota inserta no rodapé da foto, os credores não levantarem obstáculos e os mercados derem
uma "ajuda", Portugal vai pagar ao FMI mais de metade da sua dívida
já nos próximos dois anos e meio, ou mesmo antes. (,,,)
Como tudo se encaminha para que tal aconteça, no meio de tanta austeridade a que Portugal foi sujeito a "aluna" do senhor Wolfgang Schäuble, o Ministro das Finanças alemão - como depreciativamente a nossa oposição canhestra a costuma rotular - vai ter uma poupança considerável estimada em 500 milhões de euros em apenas dois anos e meio.
O que a oposição recusa ver é que Maria Luís Albuquerque não é aluna de ninguém, mas colega do senhor Schäuble, cometendo o "pecado" tão lusitano do despeito, senão de um "ciume político" que não consegue disfarçar...
A esta atitude sensata chama-se acautelar o futuro dos nossos filhos e netos, que não têm o direito de pagar as dívidas que os seus antecessores criaram, tenham sido ou não governantes, porque uma geração, ou gerações que permitem que um ou mais Governos endividem o País, faz que todos sejam culpados.
Eu tenho a minha culpa!
Que nos sirva a lição da bancarrota do século XIX, quando os credores externos recusaram a aceitação do papel-moeda emitido pelo Banco de Portugal, um facto que conduziu ao "default" de Junho de 1892 que se havia de traduzir, quando em 1902 os nossos credores por via de não terem obtido novos empréstimos levaram a que a nossa dívida tivesse sido convertida num novo empréstimo amortizável a 99 anos e cuja liquidação só terminou no ano de 2001, o que prova que os desmandos governamentais dos Governos de uma Monarquia terminal veio a ter repercussões gravosas em várias gerações.
Por isso é de aplaudir o Governo de Passos Coelho, na expectativa de vir a ser bem sucedido relativamente à parte da dívida contraída junto do FMI.
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