in, Jornal "i" online de 24 de Fevereiro de 2015
Vira o disco...
António Costa em 25 de Janeiro viu como acima se pode ler na vitória eleitoral do partido grego Syriza algo que dava força para seguir na mesma linha, para um mês depois, de ter dormido o "sono dos justos" vir dizer, em Cascais, numa conferência promovida pele Revista "The Economist" que, numa união a 28 não é possível prometer um resultado que depende de negociações com várias instituições, múltiplos governos, de orientações diversas,
Com esta afirmação António Costa esquece a euforia anterior o que não pode de nos deixar perplexos porque é este senhor que pretende governar Portugal nas próximas eleições legislativas, provando que é alguém que conduz o seu barco político ao sabor das marés e isto - na minha opinião - não abona do homem de Estado que tem de ser o próximo Primeiro.-Ministro de Portugal.
É que esta afirmação está em contraponto com aquilo que na Grécia o partido Syriza andou a prometer ao povo e com tais promessas ganhou as eleições, o que prova que a afirmação de António Costa de 25 de Janeiro foi um tiro mal dado, mas - tiro é tiro - e furou o alvo e a sua reparação em 24 de Fevereiro, porque o furo foi muito grande vai levar tempo a reparar...
Vira o disco... e, efectivamente, a música virou mesmo para António Costa.
Hoje, em Bruxelas, aconteceu o mesmo.
O Syriza teve de meter a viola no saco e agora só lhe resta dizer ao eleitorado a quem acenou com os tais amanhãs que cantam - iguais aos nossos - que afinal os amanhãs que se seguem, afinal, não se podem cantar como foram ensaiados... porque há letra, mas falta a pauta que alindou a música melodiosa dos tempos eleitorais.
Que se nos aproveite a lição.
Que nas futuras eleições legislativas não se cantem músicas... que depois se tenham de meter no saco.
Penso - sinceramente - que António Costa com o seu discurso em Cascais começou a aprender a lição.
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