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domingo, 22 de fevereiro de 2015

Os nossos "amigos" gregos!


Março de 1985. Estávamos a três meses da cerimónia de assinatura do Tratado de Adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia (CEE), no Mosteiro dos Jerónimos. Os portugueses estavam na expectativa de ser confirmada a entrada no novo El Dorado económico que iria salvar o país das bandeiras negras da fome do bloco central. Mas uma surpresa de última hora veio de Atenas: "Gregos mantêm veto contra o alargamento." Era a manchete do "Diário de Lisboa" de 28 de Março. A Grécia tinha entrado para CEE em 1981 e tinha receio de perder fundos europeus para os países ibéricos, mais pobres. Dito de outra forma: os gregos ameaçavam bloquear o alargamento (as decisões eram por unanimidade) e queriam aumentar o seu quinhão dos fundos estruturais. A ameaça, feita por um socialista (o histórico primeiro-ministro Andreas Papandreou), deu resultado: os gregos receberam um cheque adicional de 1,7 mil milhões de euros.(...)

Texto parcial do Jornal "i"online, de 21 de Fevereiro de 2015 (sic)

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Que isto sirva para aqueles que andam, agora, cheios de pena da Grécia, não se coibindo de adjectivos para mimosearam a Ministra das Finanças Maria Luis Albuquerque e o Primeiro-Ministro Passos Coelho, sobretudo que isto sirva para o Partido Socialista português, que naquele tempo teve como nosso grande opositor o seu camarada o Presidente do PASOK, o senhor Andreas Papandreou, que recuou a admitiu a nossa admissão - que tinha de ter a unanimidade de todos os Estados - a troco de lhe terem dado a contrapartida de mais dinheiro.

São assim os "nossos amigos gregos"... que tanto entusiasmam, agora, alguns portugueses que deviam ter mais contenção.

Somos, efectivamente, de memória curta quando vemos, agora o PS português tão acirrado contra o Governo que vê alinhado com a Alemanha, esquecendo o que fez a Portugal o PS grego, o que é sintomático de tudo servir para o combate político.

Mas nem tudo devia servir!
Ver o PS metido nesta campanha - só porque vai haver eleições - é uma forma coxa de fazer política e uma desonestidade intelectual, politicamente falando... mas é a vida que temos!

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