O Novo Mercado de Gados no Campo Grande da autoria
dos Arquitectos Parente da Silva e Machado de Faria
inaugurado no dia 1 de Outubro de 1888
(No edifício octogonal a meio funcionava a central de negócios)
Gravura publicada pela "Revista "O Occidente" de 21 de Outubro de 1888
A roda do tempo é inexorável.
Naquele local onde funcionou o "Mercado de Gados do Campo Grande" que foi desactivado no decorrer dos anos cinquenta do século XX, veio a funcionar, cerca do ano de 1960, em toda a ala esquerda da gravura um Serviço da Câmara Municipal de Lisboa, denominado: "Gabinete Técnico da Habitação" a quem coube expropriar os terrenos de Olivais Norte e Olivais Sul e parte de Chelas, para neles, mercê da excelência do pessoal técnico e administrativo que foi contratado, os mesmos terem sido urbanizados, dando lugar a uma "cidade nova" que ali surgiu.
Na parte restante do espaço daquele antigo mercado de gado funcionou a Feira Popular de Lisboa desde o ano de 1961 até ao seu encerramento em 2003.
Actualmente todo o espaço onde funcionaram, a par, um Gabinete Técnico dedicado ao realojamento de pessoas que viviam em barracas e a Feira Popular é um vazio que faz pena ver.
Não cabe aqui fazer - por ser um despropósito - o historial que levou àquele estado um espaço que foi de muito e dedicado trabalho para a História municipal, que a partir dali ergueu casas condignas para uma população de poucos recursos económicos, mas fica na memória de quem escreve este apontamento alguma saudade dos tempos em que, naquela ala esquerda onde se manteve o aspecto plástico das fachadas e, interiormente, aproveitando muito das madeiras do antigo Pavilhão do Mercado de Gados se construíram gabinetes de trabalho condignos para receber os que, levaram a cabo uma Obra de que a Câmara Municipal de Lisboa se pode orgulhar.
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