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domingo, 15 de fevereiro de 2015

Manifestos...



Há já algum tempo.

MANIFESTO
Setenta personalidades querem reestruturação da dívida

Ferreira Leite, Bagão Félix, Adriano Moreira, Freitas do Amaral, Ferro Rodrigues, João Cravinho, Carvalho da Silva e Francisco Louçã assinam outro consenso, ao fazerem este apelo mesmo "a contragosto da Alemanha"
Num manifesto a divulgar na íntegra quarta-feira, mas já antecipado esta terça-feira pelo jornal Público, setenta personalidades exigem a "reestruturação responsável da dívida", uma condição para que acabe a austeridade pela austeridade e permita o crescimento e a criação de emprego.
É um consenso alargado, que percorre todo o espectro político, da direita à esquerda, das áreas do CDS ao Bloco de Esquerda, passando pelo PSD, PS e PCP - mas longe do entendimento político que o Presidente da República tem pedido aos chamados partidos do "arco da governabilidade" (PSD, PS e CDS). Se estes 70 nomes terão ideias diferentes sobre como gerir a crise, num ponto estão de acordo para fazer este apelo em comum: reestruturar a dívida.
A ideia partiu do antigo ministro socialista, João Cravinho, que apelou ao "debate e à preparação, em prazo útil, das melhores soluções para a reestruturação da dívida, articulando-se com os professores Eduardo Paz Ferreira e José Reis e o ex-ministro das Finanças de um governo PSD/CDS, Bagão Félix.
Em declarações à agência Lusa, Cravinho assegurou que "há condições de base mínimas e um larguíssimo consenso" sobre a necessidade de "saber em que condições é que se pode fazer uma restruturação que seja efetivamente eficaz, que resolva os problemas" quer de Portugal, quer da Europa.

in, Diario de Noticias 11 de Março de 2014



Em cima do tempo.

Carta aberta: 32 figuras lançam apelo a Passos por causa da Grécia
 
Políticos, economistas, académicos, cientistas e escritores escrevem hoje ao primeiro-ministro, querem uma outra atitude de Portugal em relação à Grécia.
É uma carta assinada por um grupo de cidadãos preocupados com a posição do Estado Português no Conselho Europeu desta quinta-feira.
Na lista de 32 assinaturas, surgem nomes como Freitas do Amaral, Pacheco Pereira, Bagão Félix, Carlos César, Ferro Rodrigues, Francisco Louçã, ou João Cravinho, quase todos subscritores do Manifesto dos 74.
Ainda na política, há uma novidade, a assinatura de Octávio Teixeira, do PCP. Fora da política, assinam este apelo direto a Passos Coelho, por exemplo, a investigadora Maria Mota, o antigo reitor da Universidade de Lisboa, Sampaio da Nóvoa, Manuela Silva ou a escritora Lídia Jorge.
O texto é breve e o apelo claro. Os signatários pedem ao primeiro-ministro que não isole Portugal de uma atitude construtiva, que conduza a uma cooperação europeia em torno da crise grega.
A carta começa por constatar que Passos Coelho tem defendido que «mesmo perante a grave crise humana que se vive na Grécia, a política de austeridade prosseguida deve manter-se inalterada», para logo concluir que «os factos têm evidenciado que este caminho é contraproducente».


in, TSF  11 de Fevereiro de 2015


Muitos dos subscritores do "Manifesto" de 2014 são os mesmos da "Carta Aberta" de 2015.
Os 74 do Manifesto - onde há muitos novos "velhos do Restelo" - não viram cumpridos os seus piores receios. 
Portugal saiu o melhor que pode e de cara levantada do resgate a que o des(governo) de José Sócrates o sujeitou. A dívida não foi reestruturada, mas honrado o compromisso internacional e embora ténue houve crescimento e do mesmo modo o emprego cedeu à "espiral recessiva" tão apregoada

Os 32 da "Carta Aberta" querem que Portugal ajude a pagar os desmandos económicos da Grécia dos tempos "à vara larga" do PASOK - o Partido Socialista grego - esquecendo-se que Portugal foi um contribuinte líquido da Grécia e não é sensato que um País pobre como o nosso não possa - nem deva - alimentar as promessas eleitorais tal como foram apresentadas ao eleitorado pelos Senhores Tsipras e Varoufakis - que manda a verdade dizer - já arrepiaram algum do caminho inicial.

Que a Grécia é um País que tem de merecer apoio não restam dúvidas, mas não como o advogam os 32 subscritores da "Carta Aberta", que afinal o que pretenderam foi dar uma "alfinetada" em Passos Coelho, mas que deviam te contando - conhecendo o que aconteceu com o "Manifesto dos 74" que ela estava condenada a não ter resposta, porquanto, o Primeiro-Ministro, se é verdade que entendeu a austeridade como um meio de Portugal voltar aos mercados - como está a acontecer - parece, que a estratégia resultou, de tal modo que vamos pedir dinheiro para amortizar a dívida ao FMI a um juro mais baixo àquele que lhe pagamos, donde haverá um lucro a considerar.

Portugal comandado por Passos Coelho se cometeu alguns erros - e quem os não comete? - teve uma virtude: funcionou como uma pessoa honrada que pede emprestado e não enjeita o compromisso tomado.

Se Portugal tivesse feito a vontade aos senhores do "Manifesto dos 74" isto não era viável de vir a acontecer, porque estávamos desacreditados.
Quanto à "Carta Aberta" não vai ter resposta, porque a "Carta" trazia bem fechado um propósito político, com alguns nomes que melhor fariam ter mais recato.


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