http://24.sapo.pt/ de 13 de Outubro de 2016
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Não... e não!
Não posso admitir que o mais alto magistrado da Nação no decorrer da comemoração do 25º aniversário do Conselho Económico e Social (CES) tenha usado palavras, quanto a mim. menos próprias - ao incitar que é melhor fazer acordos do que ficar à espera de "eleições que não chegam", donde se infere que o Presidente da República está disposto a manter de pé uma "coligação" obtusa que admite "perder a vergonha" para se chegar onde se quer - se a tanto for necessário - e que o "passar da perna" de António Costa a Passos Coelho, que ganhou as eleições tendo-o feito em tempo pós-eleitoral foi uma acção dignificante.
Não foi.
E se o foi, ou seja, se a Constituição permite que se façam "coligações" que não foram anunciadas antes do voto popular, mas "arranjadas" depois de ter havido o sufrágio eleitoral, merece ser revista, para o atropelo que lhe foi feito depois das eleições nunca mais volte a acontecer.
Ao que se saiba, sobre este assunto, na altura devida a voz do Presidente da República não foi ouvida para que houvesse acordo entre os dois partidos mais votados (PSD e PS) e com a sua omissão fez que na sombra se cozinhasse a "geringonça" que nos governa, pelo que, vir agora pedir acordos não lhe fica bem, porque ele sabe, melhor que ninguém, que os não vai conseguir.
Não... e não!
Não posso estar de acordo com o Presidente da República, que penso até, devia ser mais recatado e não falar tanto, porque ele, hoje, não é um comentador público da vida nacional, devendo guardar para si mesmo essa faceta.
Não... e não!
Coagir, tentando, acordos a qualquer preço para manter de pé a "geringonça" não é admissível... pese embora, a estabilidade política que é sempre desejável, mas se para a conseguir é preciso "engolir sapos" que venha a instabilidade, porque é preciso clarear as águas turvas e apodrecidas de uma governação calculista que só olha para o dia de amanhã sem se lembrar que é preciso caldear um amanhã diferente, de mais confiança e de mais apuro sócio-político a pensar no futuro que não se vislumbra nestes "arranjinhos" onde se vive o "hoje" sem se pensar no futuro tendo em conta a dívida pública que ela vai afogar as gerações futuras.
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