http://www.cmjornal.xl.pt/(de 8 de Maio de 2016)
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António Costa deu um tiro no pé.
Aconteceu, ontem, na inauguração do túnel do Marão. Coisas que acontecem com quem não mede as consequências... ou conhece mal o género humano, pois a fazer fé nas notícias, a pessoa em que recaíram mais atenções foi no convidado, quando a pessoa politicamente mais importante naquele acto era aquele que fizera o convite.
José Sócrates, pesem embora, todas as diferenças que sempre me opuseram ao seu percurso político - diga-se a verdade - há poucos dias disse uma coisa importante:
Nunca seria Primeiro Ministro se não tivesse ganho as eleições.
Não foram exactamente estas as palavras, mas foi este o sentido exacto, pelo que, ao tê-lo convidado, se esteve na origem o facto de ter sido o governo de José Sócrates a lançar a obra, parece que, paralelo ao convite esteve o sentido de, futuramente, Sócrates não voltar a deixar no ar afirmações que possam deslustrar o acto insólito de António Costa quando se dispôs a cavalgar a onda do Poder, tendo perdido as eleições.
António Costa tem de perceber que o seu acto, pela forma como foi consumado, não foi consensual nem de bom senso político e há-de carregar esse peso.
Passos Coelho - também convidado - não foi ao Marão, tendo tido o seu Governo o papel importante de resgatar a obra para a esfera do Estado e ter conseguido que o túnel fosse concluído, ao declinar o convite mostrou o seu perfil de homem de Estado que, como diz o povo "tem vergonha na cara", ou como disse, um bem conhecido historiador brasileiro,
http://kdfrases.com/frase/162710
(captado com a devida vénia)
Eu, como Capistrano de Abreu, penso o mesmo.
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