Grupo "Os Vencidos da Vida"
António Maria Vasco de Melo César e Meneses, Luís Augusto
Pinto de Soveral, Carlos Félix de Lima Mayer, Francisco Manuel de Melo Breyner,
Guerra Junqueiro, Ramalho Ortigão, Carlos Lobo d'Ávila, Bernardo Pinheiro
Correia de Melo, Eça de Queirós e J. P. de Oliveira Martins
Nota: na foto falta Antero de Quental
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Eis, acima, os nomes de uma pléiade de homens brilhantes do pensamento que entre 1888 a 1893, passaram a reunir-se em jantares no Tavares, Hotel Bragança e outros locais, com a regularidade que lhes foi possível, tendo como suporte o movimento eclodido em 1885, no Porto a que os seus apaniguados deram o sugestivo nome "VIDA NOVA" que viria a acabar em 1887, e por isso, tudo leva a crer que este grupo foi um seu sucedâneo.
O grupo congregava a fina-flor dos escritores, intelectuais e políticos que haviam tido a ideia da transformação da sociedade portuguesa através de acções culturais e socializantes e que, devido ao insucesso modernizador do Estado, através dos seus encontros canalizavam para eles a frustração e desenganos dos ideais revolucionários que haviam enchido a juventude dos seus membros, com muitos deles desiludidos com o socialismo utópico que tinham defendido, tendo cabido o nome do grupo a Ramalho Ortigão, e à uma todos assentaram na renúncia às aspirações da juventude.
Eis, assim, "OS VENCIDOS DA VIDA", daquele tempo, vivendo um sentimento de desilusão que foi acrescido pelo Ultimatum da Inglaterra de 1890 e a bancarrota de 1892, algo que os levou a eles mesmos terem dado um nome que fez todo o sentido ao verem naufragar todos os ideais que haviam acarinhado, e não houve socialismo que os salvasse da frustração que submergiram as suas melhores esperanças.
Se fizermos uma retrospectiva, ao meditar nestes homens bons do findar do século XIX, parece que, até hoje, com contornos diferentes pelo devir natural dos tempos, o socialismo que já os havia inspirado, guardadas as devidas distâncias, não deixou de se fazer sentir até hoje e, como aconteceu com eles, ao nosso redor, sem fazerem grupos elitistas ou de vanguarda do pensamento mais sábio, aquilo a que assistimos no nosso tempo é à existência de muitos VENCIDOS DA VIDA, tendo acreditado nos "amanhãs que cantam" e que não têm sido senão desenganos...
Basta pensar que Portugal fez uma Revolução em 1974 e desde então para cá, depois de ter acabado de pagar a bancarrota de 1892 em 1901, já caiu em três pré-bancarrotas e sempre provocadas pelo socialismo dos tais "amanhãs que cantam".
Somos, assim, os infelizes herdeiros daquele grupo de homens que entre 1888 a 1893, pela voz de Ramalho Ortigão ao terem-se chamado VENCIDOS DA VIDA, estavam longe de pensar que tantos anos decorridos, muitos de nós - por infortúnio nosso - também somos VENCIDOS DA VIDA.
Se fizermos uma retrospectiva, ao meditar nestes homens bons do findar do século XIX, parece que, até hoje, com contornos diferentes pelo devir natural dos tempos, o socialismo que já os havia inspirado, guardadas as devidas distâncias, não deixou de se fazer sentir até hoje e, como aconteceu com eles, ao nosso redor, sem fazerem grupos elitistas ou de vanguarda do pensamento mais sábio, aquilo a que assistimos no nosso tempo é à existência de muitos VENCIDOS DA VIDA, tendo acreditado nos "amanhãs que cantam" e que não têm sido senão desenganos...
Basta pensar que Portugal fez uma Revolução em 1974 e desde então para cá, depois de ter acabado de pagar a bancarrota de 1892 em 1901, já caiu em três pré-bancarrotas e sempre provocadas pelo socialismo dos tais "amanhãs que cantam".
Somos, assim, os infelizes herdeiros daquele grupo de homens que entre 1888 a 1893, pela voz de Ramalho Ortigão ao terem-se chamado VENCIDOS DA VIDA, estavam longe de pensar que tantos anos decorridos, muitos de nós - por infortúnio nosso - também somos VENCIDOS DA VIDA.
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