Gravura publicada pela Revista (já extinta) "O Zé"
de 10 de Janeiro de 1911
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Aconteceu, uma vez, num pais que a si mesmo, infortunadamente, se tornou estranho e que tinha por chefe um todo-poderoso que mandava em todas as áreas políticas, tendo ao seu serviço um subalterno alienigena e obediente que dirigia a educação popular da população jovem.
O chefe a todo o custo para evitar protestos dos educandos que eram orientados - com conta, peso e medida - por um esbirro de má catadura que por tudo e por nada obrigava os educandos a protestar, faltando às aulas e fazendo da rua a sua escola, obrigou para evitar desacatos que o seu subalterno que tinha a seu cargo a orientação daquela estranha escola daquele país estranho, fosse obrigado a aceitar a inversão dos papéis.
E assim, os educandos passaram a ser os educados devidamente diplomados e estes a fazer o papel que por direito competia aos outros e como a velha gravura documenta - que para tanto se adaptou - mostra que os educandos passaram a fazer de educados e como se tal já não bastasse, de chicote na mão, arrogantemente, os que tinham a tarefa de educar, deixaram que lhe pusessem "orelhas de burro"... e, assim, trocados os papéis - só para agradar ao chefe todo-poderoso - ameaçavam de dedo em riste e de chicote pronto a actuar os educados que haviam assado a ser educandos.
As coisas que acontecem quando os que deviam avaliar passaram a ser avaliados, algo só possível, quando para agradar "a Deus e ao Diabo" se perdem a noção das coisas, como aconteceu naquele país estranho...
O chefe a todo o custo para evitar protestos dos educandos que eram orientados - com conta, peso e medida - por um esbirro de má catadura que por tudo e por nada obrigava os educandos a protestar, faltando às aulas e fazendo da rua a sua escola, obrigou para evitar desacatos que o seu subalterno que tinha a seu cargo a orientação daquela estranha escola daquele país estranho, fosse obrigado a aceitar a inversão dos papéis.
E assim, os educandos passaram a ser os educados devidamente diplomados e estes a fazer o papel que por direito competia aos outros e como a velha gravura documenta - que para tanto se adaptou - mostra que os educandos passaram a fazer de educados e como se tal já não bastasse, de chicote na mão, arrogantemente, os que tinham a tarefa de educar, deixaram que lhe pusessem "orelhas de burro"... e, assim, trocados os papéis - só para agradar ao chefe todo-poderoso - ameaçavam de dedo em riste e de chicote pronto a actuar os educados que haviam assado a ser educandos.
As coisas que acontecem quando os que deviam avaliar passaram a ser avaliados, algo só possível, quando para agradar "a Deus e ao Diabo" se perdem a noção das coisas, como aconteceu naquele país estranho...
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