Pesquisar neste blogue

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Aconteceu, uma vez...

Gravura publicada pela Revista (já extinta) "O Zé" 
de 10 de Janeiro de 1911
................................................................................................................................................

Aconteceu, uma vez, num pais que a si mesmo, infortunadamente, se tornou estranho e que tinha por chefe um todo-poderoso que mandava em todas as áreas políticas, tendo ao seu serviço um subalterno alienigena e obediente que dirigia a educação popular da população jovem.

O chefe a todo o custo para evitar protestos dos educandos que eram orientados - com conta, peso e medida - por um esbirro de má catadura que por tudo e por nada obrigava os educandos a protestar, faltando às aulas e fazendo da rua a sua escola, obrigou para evitar desacatos que o seu subalterno que tinha a seu cargo a orientação daquela estranha escola daquele país estranho, fosse obrigado a aceitar a inversão dos papéis.

E assim, os educandos passaram a ser os educados devidamente diplomados e estes a fazer o papel que por direito competia aos outros e como a velha gravura documenta - que para tanto se adaptou - mostra que os educandos passaram a fazer de educados e como se tal já não bastasse, de chicote na mão, arrogantemente, os que tinham a tarefa de educar, deixaram que lhe pusessem "orelhas de burro"... e, assim, trocados os papéis - só para agradar ao chefe todo-poderoso - ameaçavam de dedo em riste e de chicote pronto a actuar os educados que haviam assado a ser educandos.

As coisas que acontecem quando os que deviam avaliar passaram a ser avaliados, algo só possível, quando para agradar "a Deus e ao Diabo" se perdem a noção das coisas, como aconteceu naquele país estranho...

Sem comentários:

Enviar um comentário